Talvez um jogador que mais tenha causado decepções nos torcedores de Seattle, ano passado tenha sido Shaquill Griffin (incluindo quem vos escreve). Teve um ano de novato muito bom, no lado oposto a Sherman, e quando o time o tornou CB1 no ano passado, depois da semana 3 foi um desastre.
Estava claramente mais pesado do que deveria, lento em diagnóstico, sem capacidade de reação, enfim, criou ódio de vários torcedores de Seattle. Essa história você já viu bem descrita aqui. Eis que esse ano ele se apresentou bem mais leve e com uma mentalidade bem melhor.
Preseason
Nos primeiros jogos da preseason, já foi possível identificar essa evolução. Bem mais leve e com uma velocidade de transição bem melhor que o ano passado.
Ainda assim, não era nada que gerasse grande confiança. Até porque na preseason do ano passado ele tinha ido bem, e só manteve o nível até o segundo jogo.
Bengals
Então veio o primeiro jogo contra os Bengals e ele foi o melhor jogador da secundária naquele dia. Bastante preciso em tackles e mostrando estar “voando” fisicamente. Griffin desviou passes até em jogadas que não estavam valendo hehe.
Primeiramente, ele com um diagnóstico e com tackle preciso numa jogada de jet sweep. Pode parecer besteira, “aclamar” um tackle, mas com tantos jogadores perdendo nesse tipo de lance, isso conta bastante para Griffin.
Indo para as coberturas, Griffin desviou dois passes no jogo (oficialmente, já que um a jogada havia sido parada por conta de Clowney). Nesse primeiro lance, apesar do ângulo não mostrar tanto ele (desculpem por isso), é possível perceber sua capacidade de reação e mudança de direção para desviar a bola.
Agora temos o lance que não valeu. Mas não é por conta disso que não podemos tirar lições disso. Griffin marca passo a passo até o fundo do campo e ainda ataca a bola no ponto alto e no momento perfeito para o desvio. Realmente um PECADO essa jogada não estar valendo.
Se no lance anterior ele demonstrou uma excelente capacidade física, nesse lance ele mostra uma inteligência fora de série. Adianto que essa é minha jogada preferida da temporada dele, até então.
Os Bengals vinham com uma formação 3×1 (três recebedores de um lado e um do outro), também conhecida como Trips. Na combinações de rotas do ataque x cobertura da defesa, Griffin era responsável por marcar o fundo do campo e acabou isolado na marcação de dois jogadores ao mesmo tempo. Nessa situação ele usa uma técnica chamada midpoint. Essa técnica nada mais é que o CB ficar entre as duas rotas e se antecipar ao passe. Griffin deveria ter ido para o meio um pouco mais rápido, mas essa distância fez com que Dalton lançasse no recebedor mais longe do CB e Griffin teve velocidade para chegar e impedir a recepção. Brilhante!
Saints
No jogo contra os Saints foi um dos poucos jogadores que não perdeu tackles contra Kamara (apesar de ter sido arrastado por ele em um lance). Além disso conseguiu desviar um passe. Ele primeiramente está preparado para defender a rota longa, mas percebe que o recebedor vai cortar e mesmo tendo uma boa distância para cobrir, consegue chegar e desviar o passe.
Eu já disse que ele fisicamente está melhor do que nunca? HAHAHA
Cardinals
Nesse lance o passe poderia ter sido melhor, mas a culpa não é de Griffin haha. Ele perde na linha de scrimmage, mas consegue localizar o recebedor e o destino do passe fazendo o desvio no meio de um giro. Muita agilidade e capacidade de recuperação. Numa liga em que o CB sofre bastante para marcar os recebedores sem que faltas sejam marcadas, velocidade e capacidade de recuperação são fundamentais.
Mais uma vez demonstrando que o peso do ano passado estava longe do ideal. Nessa jogada ele cobre uma rota cruzando o campo inteiro de forma perfeita, sem dar nenhuma janela para recepção e ainda estando em posição para qualquer tipo de quebra de rota.
Rams
Contra os Rams, Griffin também teve uma partida bem sólida. Aqui ele demonstra uma excelente capacidade de conhecimento dos conceitos da defesa. Entende o que ele vai fazer e passa o recebedor dele, estando atento ao outro jogador que invade sua zona e também tira a opção de Goff.
Se a jogada lá contra os Bengals foi minha preferida, essa foi minha segunda. Ele está marcando a zona de flat, mas ele lê os olhos de Goff e se antecipa desviando o passe e quase conseguindo a interceptação. Essa jogada esteve no nosso Top 5.
Ainda há espaço para melhorar, mas com Flowers jogando tão mal no começo do ano, ter Griffin consistente é um alento. Caso Flowers consiga se recuperar temos uma excelente dupla.
Go Hawks!
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