Raio-X: Inferno e Céu.

Se no começo do ano alguém nos informasse que perdemos para o Cincinnati Bengals por 17×13, seria um resultado “OK”. Porém, foi um dos jogos mais frustrantes da memória recente de qualquer torcedor do Seattle Seahawks. Apesar de ser contra um adversário fortíssimo, tivemos chances de vencer, ou melhor, várias chances de vencer. Voltando da semana de descanso às expectativas estavam altas com o time se recuperando das lesões, era esperado um melhora do ataque e da defesa e bom, só um das unidades apareceu.

Nesse Raio-X vamos destrinchar a triste partida da tarde do último domingo.

Pós Jogo Seattle Seahawks 13 x 17 Cincinnati Bengals [Week 06 2023]

Começando!

Alguém tem que ser o culpado.

É preciso tirar a grande pedra do caminho logo. Em uma espécie de desabafo vou respirar fundo antes de escrever a próxima frase: O Seattle Seahawks teve CINCO campanhas chegando na Redzone, mas no fim saiu com DEZ pontos. Eram 35 pontos possíveis e 10 pontos feitos. Bom, fica muito fácil de entender o por quê que nós perdemos essa partida.

Mas de quem é a culpa?

Shane Waldron: Nosso coordenador ofensivo, não faz um bom trabalho na redzone há algum tempo (Como não lembrar de DeeJay lançando uma interceptação conta os 49ers?), mas domingo foi tão absurdo que fica difícil passar pano. Corridas sem criatividade nenhuma, nenhuma variação de formações, sem play action ou rollouts que tanto são efetivos com Geno Smith e o principal, nenhuma adaptação a pressão da linha defensiva adversária. Só pra lembrar, dia 7 setembro o coordenador ofensivo disse em entrevista:

“Temos que ser mais consistentes em não ter jogadas negativas na Redzone, essa vai ser chave. Tudo começa pela comunicação, temos que dar as melhores chances, eu tenho que balancear as jogadas nessas situações.”

Parece, só parece, que ele não conseguiu.

Geno Smith: Eugene Cyril Smith III, o Geno Smith, ou simplesmente conhecido como “O Anti-Clutch“. Em muitas situações que time dependia dele para poder vencer ou empatar jogos, o camisa #7 não consegue fazer o trabalho. Foi assim no jogo da Alemanha contra os Bucs, foi assim nos Playoffs contra os Niners, e foi assim por duas vezes em Cincinnati. Um processamento super lento, desobedece uma regra básica da NFL: Você não pode ser sackado na quarta decida, pelo menos jogue a bola pro alto, não importa se a interceptação vier. Ser decisivo é uma qualidade que separa os bons Quarterbacks, dos grandes Quarterbacks.

Poderia falar da péssima performance da linha ofensiva, mas Geno Smith deveria ter se adaptado, se não ele Shane Waldron deveria, se não ele Pete Carroll deveria ter alertado o coordenador. Talvez todos sejam culpados.

Fila de Desculpa para Clint Hurtt?

Depois de uma performance espetacular contra os Giants todo mundo obviamente se animou, porém sempre vinha aquela mesma dúvida a mente: O New York Giants é muito ruim, contra times bons não vamos segurar. E bom, durante as duas primeiras campanhas dos Bengals foi exatamente assim que aconteceu. Muitos passes curtos, e rotas cruzadas que mataram a nossa defesa de maneira fácil até demais.

Quando tudo parecia estar perdido, a unidade defensiva foi reagindo aos poucos, por algum milagre ajustes foram feitos e o plano de jogo ofensivo do time da casa foi arruinado. O único ponto cedido no segundo tempo foi por causa de uma interceptação de Geno Smith, que entregou a bola no campo de ataque, a defesa fez o possível e limitou o avanço para apenas um Field Goal.

Há um importante fator a se considerar, pela primeira vez no ano tivemos nossos três Safetys saudáveis durante toda a partida, isso permitiu uma flexibilidade maior das formações. Vimos muitas vezes Quandre Diggs jogando perto da linha como o antigo Strong Safety, fato raríssimo desde que o jogador se juntou ao time.

Ainda há mais coisas positivas a se falar, depois de tanto trash talking, Devon Witherspoon teve um grande jogo contra o excelente Ja’Marr Chase. Tre Brown sendo completamente decisivo, interceptando e desviando passes. Jamal Adams, que quando está saudável é um grande jogador e agrega muito para a defesa, etc.

Tudo isso contribuiu para que Joe Burrrow tivesse a menor quantidade jardas passadas em um jogo em casa na sua carreira. Provavelmente ainda não vale uma fila de perdão do nosso coordenador defensivo, mas um elogio é completamente pertinente.

Forever 12s!

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