No último domingo tivemos um jogo totalmente atípico em Detroit, o Seattle Seahawks venceu o time da casa por 48 x 45, nesse texto vamos analisar as narrativas da peleja.
Pós Jogo Seattle Seahawks 48 x 45 Detroit Lions
A história inocentou Ken Norton Junior (contém ironia)
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Quando KNJ foi demitido na intertemporada o torcedor soltou fogos, a chegada de Clint Hurtt trouxe esperança de dias melhores para a nossa unidade, mas tomar 45 pontos de um Detroit Lions sem Amon-Ra St. Brown e DJ Chark, respectivamente Wide Receivers 1 e 2, e sem De’Andre Swift o principal corredor, é motivo de serias preocupações. Durante a partida o time ainda perdeu o WR3 e WR4. A defesa permitiu 387 jardas passadas para Jared Goff, sendo 179 apenas para o Tigh End TJ Hockenson, de longe, o melhor recebedor que estava em campo pelo adversário. A partir do momento que seu adversário tem apenas um ponto focal do ataque e esse mesmo ponto se destaca, das duas uma, ou você foi ingênuo de não perceber a qualidade dos jogadores que está enfrentando, ou vc foi incapaz de montar um plano de jogo suficientemente bom para limitar as jogadas. Em ambas as respostas seu coordenador defensivo falhou. Eu sei que houveram falhas individuais e que o material humano não é dos melhores, e sim, há espaço para evolução, porém com tantos erros de tackles, Pete Carroll e Clint Hurt merecem ser responsabilizados.
Safeties e Linebackers, onde estão?
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Na tarde de domingo tivermos uma apresentação digna de chuva de tomates dos nossos linebackers titulares, Jordyn Brooks e Cody Barton. Durante toda offseason alertamos que essa era uma posição crítica do time e foi totalmente esquecida na montagem do novo elenco. Barton está tendo em seu primeiro ano como titular, e com ele nós estamos entendendo porque ele passou tanto tempo esquentando o banco, erros de leituras aos montes, tackles perdidos e até mesmo falta de vontade.
Na jogada acima ele simplesmente decide não dar um pequeno empurrão em Hockenson, para jogá-lo pra fora do campo e o time quase tomou um touchdown de mais de 80 jardas. Já Jordyn Brooks, escolha de primeira rodada, continua caindo em play action e mesmo sendo uma maquina de tackles ainda deixa muitos em campo, com um fraco processamento de jogo, caindo sobre ele o TD corrido de Jamaal Williams. Brooks superou a expectativa que se tinha na época de draft, mas talvez ele não seja o linebacker 1, digno de Bobby Wagner. Se eu fosse Jonh Schneider acompanharia de perto a situação de Roquan Smith, seria um adição excepcional para o próximo ano.
Shane Waldron merece os Louros.
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Vou usar aqui uma frase que a jornalista da ESPN Americana Mina Kimes usou no twitter: “O ataque dos Seahawks é muito mais divertido de assistir esse ano“. Jogadas perfeitamente desenhada, 8 jogadores diferentes com recepção, 4 correndo, incluindo jogadas que são feitas para Geno ganhar jardas com as pernas. Se no segundo jogo da temporada o ataque foi inoperante, nas partidas seguintes o time melhorou a execução das chamadas.
Obviamente foram defesas mais fracas, mas a unidade ofensiva se comportou muito melhor. Sabe aquela famosa frase que diz Tempos difíceis criam homens fortes?, parece que a diferença de talento entre Smith e Wilson, aliado a um ano de experiência como playcaller, fez Waldron se preocupar muito mais quais vão ser opções de ataque.
Boye Mafe pode não aparecer tanto.
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Depois de jogos praticamente nulos de Darrell Taylor, todos clamavam pela maior presença do calouro Boye Mafe em campo, e assim foi feito. Aqui vem o ponto desse texto, apesar de ter tido uma tarde discreta no Pass Rush, o novato apresenta duas qualidades imprescindíveis para jogadores da sua posição: Disciplina e Inteligência.
Na jogada acima ele faz o diagnostico rápido da válvula de escape de Goff depois que a pressão de Brooks, ele ainda usa todo o seu atletismo para poder fazer quase um tackle pra perda de jardas. Lembrando que é apenas o quarto jogo dele como profissional e esperamos que ele se desenvolva mais como apressador de passe, mas silenciosamente ele já vem contribuindo, em situações como essa e principalmente contra o jogo corrido. Não é o sack, nem aquele tipo de jogada espetacular que repercute na imprensa a semana toda, são jogadas que ajudam o time em suas deficiências, fiquemos mais de olho nele.
[…] Raio X; Otimismo ou nem tanto? […]