Por mais que haja muita raiva e ódio ao nosso coordenador ofensivo, para mim ele é um dos menores problemas. Apesar do ataque ser limitado, é fácil de ver uma evolução, enquanto olhando para defesa, vemos uma curva descendente.
Raio-X: Por que Seattle defendeu tão mal o jogo corrido?
Hoje vamos analisar um desses pontos, que atrapalhou o desempenho dessa defesa.
Por que tanto ódio a Schottenheimer?
Quem foi o culpado do desempenho do ataque no SNF?
O que acontece com a defesa de Seattle?
Verdades inconvenientes que ninguém quer ler sobre o fim da temporada [2]
Vejamos os números da nossa defesa pelo ar:
- Cedeu 383 passes completos: o 6º pior da liga;
- 4223 jardas cedidas: o 6º pior da liga;
- Em contraponto foi o quinto time que menos cedeu TDs aéreos com 19;
- Foi o quinto em interceptações com 16;
- O terceiro que mais cedeu primeiras descidas por passe, com 224;
Os principais motivos para o desempenho ruim da defesa
- Ineficiência do pass rusher (vamos abstrair isso agora, já que temos um texto específico sobre isso);
- Erros individuais;
- Uso exagerado da formação 4-3;
- Problemas de comunicação/Ajuste de Zonas;
- Falta de preparo contra os ataques adversários;
- Vulnerabilidade contra play action;
Ineficiência do Pass Rusher
Raio-X: A problemática do Pass Rusher!
Erros individuais
Não tem esquema que aguente uma falha individual, nem o tio Bill conseguiria defender isso.
Erro individual de Griffin pic.twitter.com/WMPR7d9Qzn
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Griffin erra o ponto alto da bola e permite boas jardas após a recepção.
Azar de Blair…sorte dos Bucs pic.twitter.com/acfG6RWZUo
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Esse lance foi bisonho e de puro azar, era a primeira interceptação certa de Blair e virou TD.
Jogador da Semana: Marquise Blair
Lance que marcou a carreira de Tedric Thompson pic.twitter.com/cNXCAs01wc
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Muita gente vibrou com o corte de Tedric Thompson por conta desse lance. Ele erra o ponto alto de atacar a bola, permite a recepção, Flowers é surpreendido e não consegue impedir também.
Raio-X: Lano Hill é realmente a solução em relação a Tedric Thompson?
Uso exagerado da formação 4-3
Fomos o time que mais usou a formação 4-3 (4 DLs e 3 LBs, de forma que o nickel [CB adicional não entra em campo]). Mais que o dobro do segundo, com quase 70% do tempo. Apesar de termos bons LBs cobrindo o passe, isso é insustentável. O time começou e terminou sem um nickel definido.
Kendricks é um dos LBs que prova que as defesas ainda podem jogar no 4-3
A defesa finalmente jogará em nickel?
Colocar um LB para cobrir mano a mano o detendo do record de 40 jardas no combine, não é uma boa ideia pic.twitter.com/yLVEqU4VjY
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O absurdo é tamanho que Zac Taylor montou uma jogada para explorar a velocidade de Ross, o mais rápido do combine contra o LB Kendricks. Fica fácil, daí Flowers erra mais um ângulo de tackle e é TD.
Defendendo trips com 4-3, parabéns KNJ pic.twitter.com/ltKY2itUlq
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Uma das maiores discussões de defesa é como defender a formação trip. Isso acontece quando o ataque tem 3 recebedores em um dos lados do campo. Em nenhum desses debates você vai achar como solução, usar a defesa 4-3, já é difícil cobrir com nickel quem dirá sem. Consegue sobrecarregar toda a defesa, os LBs e a secundária. Conseguem defender o fundo do campo, mas dão opção em passes intermediários.
O 4-3 expondo as costas dos LBs pic.twitter.com/Ceb6RGzlHb
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Wagner e Wright conseguem marcar bem suas zonas. Mas, por fazerem isso, criam um vão nas suas costas que dá a chance de um passe fácil ao QB.
A defesa 4-3 de Seattle cedendo grandes espaços para os recebedores pic.twitter.com/jfgna0XXyl
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Apesar do passe não ter sido completo, existiam 3 opções extremamente viáveis para o passe. O time deixa várias áreas sem marcação por conta desse uso excessivo do 4-3.
O ataque dos Bengals achando espaço em cima do 4-3 e marcação frouxa pic.twitter.com/3I3ChAzKpc
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Percebam o absurdo de espaço que havia entre a defesa para o jogador receber essa bola. Lamentável…
Problemas de comunicação/Ajuste de Zonas
Algo para se ter em mente, marcar homem a homem, exige fisicalidade e velocidade. Marcar em zona, exige comunicação, treino e inteligência. Além disso, uma boa comissão técnica, que não temos com KNJ.
Playbook 02 – Técnicas de Cobertura de passe
O ataque dos Rams explorando espaço entre as zonas pic.twitter.com/Fypy3fJSMZ
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Uma clara situação de falha de comunicação. Um jogador ficou esperando que o outro avançasse para fazer a jogada e o resultado foi o slot, Kupp, livre.
Análise Seattle Seahawks 12 x 28 Los Angeles Rams
3 jogadores de Seattle na zona e ninguém impede o passe pic.twitter.com/BfEdZFhelr
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Mais um caso aqui. Tire a responsabilidade do safety Diggs, sendo muito bonzinho. Ainda assim, haveria no mínimo 3 jogadores capazes de impedir a jogada, mas…ninguém faz a jogada.
Quandre Diggs, será a solução para os nossos problemas da secundária?
O impacto de Diggs na defesa de Seattle
Time perdido defendendo formação trip pic.twitter.com/SDFzZnKQ9u
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O time não tem resposta para a formação trip novamente. Grffin fica sobrecarregado, aqui deveria usar a técnica de midpoint e ficar esperando entre os dois jogadores que estavam na sua área, técnica essa que é muito difícil de se executar. Diggs patrulhando o centro do campo teria que correr muito para chegar em tempo.
Playbook 14 – Cover 0 e Cover 1 – É hora da blitz e do caos
Raio-X: Griffin jogando realmente como CB1?
Falha de comunicação para chamar a cobertura banjo em cima dessa rub route pic.twitter.com/aa077dLhRB
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Existem momentos em que os jogadores mudam suas atribuições no grito. Um avisa ao outro e conseguem fazer ajustes. Ninguém fez o switch ou chamou a cobertura Banjo para defender a Rub Route. É um conceito que consiste no cruzamento dos WRs logo na saída de suas rotas, para fazer com que os CBs se confundam e acabem “batendo” um no outro, deixando algum dos dois recebedores livres, assim como acontece na jogada..
Essa cobertura Banjo é uma forma para defender o conceito rub. Segue o seguinte conceito: o DB do lado de fora marca o recebedor do lado de fora, a não ser que o recebedor interno faça uma rota externa. De mesma forma funciona para o DB interno, ele marca o recebedor interno, a não ser que o externo faça o corte para dentro do campo.
Para dar essa separação o CB espera que alguém ajude a rota curta por dentro, maaas… pic.twitter.com/leGAZBmraZ
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É preciso de comunicação e atenção. Quando o CB dá uma distância dessas para um WR, a única rota que ele não cobre é a slant e precisa que alguém no meio do campo ajude. Mas não havia nada nessa chamada.
Playbook 08 – A árvore de rotas dos recebedores
Blair não tem o range necessário para dar essa distância na cobertura pic.twitter.com/JJAE1NRdCr
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Por mais que estivesse no fundo do campo como safety único, ele precisava se ajustar e fechar mais próximo do WR mais externo. Nessa distância, ele só conseguiria parar a jogada, mas jamais impedi-la.
Playbook 11 – Como funciona a Cover 3, que fez a defesa de Seattle tão temida?
Falta de preparo contra os ataques adversários
Rotas cruzando o campo foi uma das fraquezas da defesa de Seattle pic.twitter.com/AnBQhZVd0g
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Na NFL, não há espaço para times, técnicos e jogadores que consigam sucesso sem estudar seus adversários e suas tendências. O time dos Rams estudou a defesa de Seattle, mas o contrário não aconteceu. Foram vulneráveis o jogo todo contra essas rotas cruzando o campo.
Vulnerabilidade contra Play Action
O time dos anos 90 em 2020, está sempre preocupado em cobrir o jogo corrido.
Time inteiro mordendo o play action pic.twitter.com/hjyudIADo8
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Essa vontade exacerbada, faz com que a mentalidade de defender a corrida sempre esteja lá. Por conta disso, se abre um espaço gigante aqui nas costas da defesa,
Veredito
Nossa defesa é talentosa, o que precisamos é de um bom coordenador a frente dela, para voltar a ser temida, como outrora. Não é perseguição, mas procurem algum trabalho bem feito de Ken Norton Jr, sem ser a lapidação dos LBs da era do Super Bowl. Não acharão. Ser um bom técnico posicional, não te torna automaticamente um bom técnico de setor, esse é o ponto.
Go Hawks!
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