Raio X: Uma nova história.

Sim! A legion of boom está de volta e vamos ganhar o segundo Superbowl!

Bom dia, boa tarde e boa noite torcedores do Seattle Seahawks! Estamos de volta para uma temporada mais que especial da nossa amada franquia. E não há maneira melhor de começar um novo ano, do que com uma vitória! E por mais que a primeira frase do texto seja no humor #Empolgou, o nosso jogo não foi tão perfeito. Em meio a um começo totalmente desastroso, uma atuação empolgante da defesa derroamos o Denver Broncos por 26-20 no Lumen Field.

Para começar nosso ano aqui no Raio-X, vamos analisar essa jogo promissor. Onde o ataque teve um começo digno de trapalhões e a defesa nos deu orgulho.

Pós Jogo Denver Broncos 20 x 26 Seattle Seahawks [Week 1 2024]

Vencedores e Perdedores – Semana 01.2024

A inexperiência tem um preço.

Voltando um pouco no tempo, lá em fevereiro a montagem da comissão técnica do Seattle Seahawks foi bastante elogiada. Mike Macdonald obviamente era um nome unanime, Aden Durde veio elogiado do Dallas Cowboys e Ryan Grubb recém tinha levado a Universidade de Washington para a final do college. Mas a maior pergunta que se levantava na época era: Poderá Ryan Grubb repetir o mesmo sucesso em um nível de competitividade insanamente maior?

Qual o maior problema que Ryan Grubb terá que resolver? Parte 1

Qual o maior problema que Ryan Grubb terá que resolver? Parte 2

Sete meses depois, a pergunta continua em aberto, mas podemos ver onde suas maior falhas estão. Desde dos seu tempos universitários, a base do esquema do nosso coodernador ofensivo sempre foram as outside run, isto é, as corridas que tem como plano atacar os ombro externos do Tackles. Tal estratégia muitas vezes requer agilidade dos jogadores da linha ofensiva, algo que definitivamente não temos. Grubb precisou de tempo para perceber que precisaria adaptar as jogadas para o desastre não piorar. No nível universitário com um atleticismo muito abaixo, depois de um tempo as jogadas funcionam, na NFL, esse espaço temporal pode significar a derrota ou vitória.

O que Ryan Grubb pode fazer no ataque de Seattle? Parte 1 [Jogo Aéreo]

O que Ryan Grubb pode fazer no ataque de Seattle? Parte 2 [Jogo Corrido e Screens]

Arrisco a a disse que o coordenador defensivo de Denver estava totalmente pronto para deter essas corridas. Mike Macdonald, como todos sabemos está focando em chamar e treinar a defesa, entregando a chave do ataque para seu homem de confiança. Mesmo assim, na entrevista pós jogo ele detalhou: “Eles estavam jogando com edges bem abertos…. sempre atacando o espaço C… prontos para parar nosso jogo terrestre” (O espaço C é justamente o lado externo do OT).

É a apenas o primeiro jogo. Mas as defesas já estão atentas as nossas tendências ofensivas, portanto, também está na hora de fazer ajustes como os que foram feitos no segundo tempo.

Voltando para o básico.

Muito se falou durante toda offseason sobre como a defesa do Seattle Seahawks passaria de uma transformação da água pro vinho. Depois de anos com uma unidade ultrapassada com Pete Carroll, sempre tentando recriar o esquema que nos levou a legion of boom. Mike Macdonald chegou com o que há de mais moderno na liga, coberturas híbridas, blitzes muito criativas e principalmente, uma flexibilidade defensiva incrível, capaz de confundir qualquer Quarterback adversário, de Patrick Mahomes a Bo Nix.

Tudo isso é ótimo.

De certa maneira vimos belos lampejos do tão falado simulated pressure ontem, mas será que foi isso mesmo que nos fez ficar tão impressionado?

Se você, meu caro leitor, perguntar para qualquer treinador de futebol americano, qual é o fundamento mais básico do esporte para um defensor, com certeza ele responderá que é o tackle. Um conerback pode ter 10 interceptações, um Defensive end pode ter 5 sacks, nada vai adiantar. O dito jogador tem que saber tacklear da maneira correta.

Temporada passada os Seahawks foram o time com mais tackle perdidos na liga por uma boa margem. No jogo de domingo, apesar de alguns erros (11) vimos uma defesa muito mais atenta nesse quesito, sempre usando a fisicalidade para parar os avanços adversários. Às vezes vezes nem se trata de esquemas complexos e flexíveis, apenas é preciso voltar para o que se deveria aprender no high school, saber como derrubar o coleguinha.

Tyler, lúcido, líder, lenda.

Separei essa parte do Raio-X apenas para exaltar Tyler Lockett. Escolha número 69 do draft de 2015, vindo de Kansas State. Tyler entrou na liga como um jogador de pura velocidade. No passado, sua habilidade de aceleração e sua elusividade fizeram dele um jogador valioso em retorno de chutes e em jet sweeps, chegando até ser selecionado ao Pro Bowl na temporada de calouro como retornador.

Com o passar de cada ano e sob a tutela de Doug Baldwin, Lockett foi evoluindo cada vez mais, sua habilidade de correr rotas melhorou substancialmente até se tornar um dos melhores da liga. Até quando o time escolheu DK Metcalf, com toda pompa de wide receiver 1, Tyler se manteve como alvo preferido de Russell Wilson, muito devido a sua inteligência. “É como ter outro QB no campo”.

Pois bem, indo pro seu nono ano de NFL, o camisa #16 vinha enfrentando um situação complicada dentro e fora de campo. Com o corpo sentindo as dores do tempo, era esperado que ele  perdesse um pouco mais de espaço na rotação. Porém, ninguém é mais experiente e entende de futebol americano do que Tyler Lockett. Sempre que Geno Smith estava pressionado ele o procurava no campo. Quando a terceira decida se apresentou para selar a vitória não tive nenhuma duvida para quem a bola iria.

DK e Jaxon Smith-Njigba são incríveis e tem um longo caminho a percorrer, mas hoje o verdadeiro significado de Wide Receiver na história do Seattle Seahawks se resume a três nomes: Steve Largent, Doug Baldwin e Tyler Lockett.

Steve Largent, o mestre Yoda!

Doug Baldwin, o recebedor que mudou a arte do route running, vai deixar saudades!

Forever a 12s!

Deixe um comentário