Recap “justo” do Draft de 2020

Tal qual analisamos as movimentações da offseason, para analisar as picks de draft, mesmo aquelas que nos dão dor de cabeça, é justo que esperemos ao menos a temporada terminar para ter uma noção. Claro que ainda é uma avaliação bem curta e esses caras podem ainda melhorar bastante ou piorar haha.

Raio-X: As melhores escolhas de draft da história de Seattle, em cada round

Recap do Draft 2020 de Seattle

Apostas para temporada 2020

Recordes dos novatos de Seattle, esse ano cai algum?

Como os novatos de Seattle tem jogado até agora?

Ler o recap é um exercício bom para ver as surpresas e decepções.

Vamos lá!

Seattle seleciona no primeiro round, escolha 27, Jordyn Brooks, LB, Texas Tech:

Eu fui um dos maiores críticos dessa escolha. Depois do caso passado, sigo com a opinião que Seattle poderia ter feito uma dúzia de movimentos antes de fazer essa escolha. A velocidade e fisicalidade do Brooks, tendo em vista que os nossos veteranos Wright e Wagner não estão ficando mais novos, o time pode até ter antecipado um problema futuro, mas somos um time que tinha dificuldades no presente e o time deveria ter cuidado delas.

Dentro de campo, confesso, Brooks me surpreendeu. Inclusive, pedi mais snaps para ele durante a temporada. Houve momentos em que nossa defesa claramente demonstrava sinais de falta de gás, Brooks poderia ter ajudado. Fora isso, ele ajuda muito como um spy, principalmente quando você joga duas vezes contra Murray. Ademais, ele me surpreendeu positivamente em uma de suas maiores fraquezas, que é a cobertura de passes.

No college ele tinha problemas de reação e até parecia que estava andando sobre brasas em algumas marcações em zona. Indo para NFL, com muito mais coisa a se aprender, nada era encorajador para o calouro, mas ele mostrou snaps de qualidade, mostrando que pode ajudar no futuro. O valor dele não deve se justificar por ter sido uma primeira rodada, muito mais alto do que se esperava e o time com outras necessidades.

Resultado: Ruim/OK (com potencial para mais)

Por que Seattle escolheu o Jordyn Brooks?

Seattle seleciona no segundo round, escolha 48, Darrell Taylor, EDGE, Tennessee:

Se de Brooks eu esperava pouco e ele me mostrou bem mais, Darrell Taylor foi exatamente o contrário. Ele era um dos caras que mais depositava minha confiança dessas picks de Seattle. No entanto, não dá para avaliar ele em campo. Perdeu todo camp de Rookietrainning camp e mais da metade da temporada. Sempre critiquei o fato do time ter gasto uma segunda e uma terceira para subir por um jogador que não valia sequer a segunda. O time sempre se mostrou confiante porque disse que era um dos únicos times que havia avaliado Taylor clinicamente e que voltaria sem problemas.

Nesse sentido, assim como muitas outras vezes, o departamento médico de Seattle errou feio. E o investimento para subir e pegá-lo foi simplesmente uma terceira rodada jogada no lixo. Dentro de campo, fica pouco para se avaliar, mas o move como um todo não foi bom por parte do front office de Seattle.

Vários analistas reportaram que depois de saber que Taylor colocaria um pino de titânio na perna, que requer muito tempo para absorção e depois para reabilitação e confiança na perna, simplesmente riscaram ele do board e deram nota de UDFA. Seattle não apenas deixou de cortar, como ainda subiu no dia 2 para pegá-lo e em entrevista Pete Carroll disse que tinha ele como nota de primeira rodada.

Resultado: Muito Collier…ops…terrível…até agora

Darrell Taylor pode ser o novo LEO de Seattle?

Seattle seleciona no terceiro round, escolha 69, Damien Lewis, OG, LSU:

Provavelmente a melhor escolha de um jogador de linha ofensiva de Seattle dos últimos tempos. É claro que teve muita gente ligando o empolgou demais em cima dele. Ele precisa melhorar ainda sua técnica na proteção ao passe e URGENTEMENTE acabar com suas faltas. Se não houvesse todo esse “hype” nele, estaria sendo descascado pela enxurrada de faltas e muitas delas totalmente desnecessárias.

O que o experimento de Damien Lewis como center pode indicar?

Do lado positivo, ele entrou como dono da posição e não deixou dúvidas. Sua fisicalidade é vista no jogo corrido e também na proteção ao passe (mesmo sendo sua fraqueza). Foi elogiado pelos seus parceiros de time por sua postura e trabalho. Chegou até a alinha como center em um jogo, mesmo nunca tendo jogado na posição sequer jogando Madden (haha). O jogo não foi dos seus melhores, mas o processo que é encorajador. Um novato, se sentindo confiante e se mostrando disposto a ajudar o time, mesmo no sacrifício.

Resultado: Bom

Damien Lewis, vai substituir Fluker a altura?

Seattle seleciona no quarto round, escolha 133, Colby Parkinson, TE, Stanford:

Eu não achei que ele valeria a escolha em que saiu. Para completar, acabou sofrendo uma lesão antes da temporada, atrapalhando seu desenvolvimento. Mesmo depois de voltar ao time, ele ficou atrás num setor em que estava lotado e não era uma das posições, assim como LB que teríamos urgência. Só veio ter suas chances após a lesão séria de Olsen e ainda foram escassas.

Resultado: Ruim/NA

Colby Parkinson é uma arma na redzone!

Seattle seleciona no quarto round, escolha 144, DeeJay Dallas, RB, Miami U:

Numa classe com MUITOS talentos na posição e o time precisando de uma ajuda, uma vez que Penny havia se machucado e Carson não é o corredor mais saudável do mundo o time fez uma escolha bem questionável. Dallas não tinha talento de quarta rodada e sempre falei dessa questão. Dentro de campo, sempre se mostrou bastante verde, ou seja, não era um cara pronto para assumir o peso de ser o reserva de Carson, tanto que o time teve que ir atrás de Hyde.

No futuro Dallas pode se tornar útil para o time, mas hoje ele ainda não é, e como disse, o time deveria ter trazido alguém que poderia se tornar o RB do time quando necessário. Passou Jonathan Taylor, J.K. Dobbins, Zack Moss e ficamos sem nenhum desses caras que teriam talento para tal.

Resultado: Muito Ruim

Raio-X: Dallas x Homer

Seattle seleciona no quinto round, escolha 148, Alton Robinson, EDGE, Syracuse:

Talvez a única escolha do time em que saiu mais baixo do que deveria. Sem muita explicação o time demorou para colocá-lo em campo. Quando entrou, teve um impacto imediato. Ele demonstra algo importante, assim como Brooks, era possível ver uma evolução em certos pontos de comparação ao college. Depois de certo tempo ele sumiu, por desempenho dele próprio e pela má utilização de KNJ.

Resultado: OK/Bom

Alton Robinson pode surpreender na rotação?

Seattle seleciona no sexto round, escolha 214, Freddie Swain, WR, Florida:

Uma das gratas surpresas…para quem não leu sobre o Freddie Swain aqui ou viu os vídeos. Saiu mais alto do que imaginava, mas dentro de campo fez o que esperava. Sempre que BS precisou abrir o livro de jogadas, Swain sempre estava por lá. Usado em muitos motions, screens e jogadas situacionais. É claro que nunca jogou como um WR1, mas foi extremamente competente e só não rendeu mais por falta de uso, mas no que fez, mostrou que era digno da confiança de Wilson que o procurou bastante nesse ano.

Resultado: Bom

O que Freddie Swain pode agregar ao time?

Seattle seleciona no sétimo round, escolha 251, Stephen Sullivan, WR, LSU:

move foi ruim. Mais um cara que jogamos duas escolhas, sei que foi uma sexta e uma sétima, nada de GRANDE valor. Mas se você faz um movimento desse, é porque você espera que esse cara possa contribuir. No entanto, tal qual Ursua, ele não ajudou muito esse ano. Muito disso, não foi culpa dele. Em LSU ele era WR, foi movido para TE durante sua última temporada. Seattle escolheu ele como WR, chegou no camp, disseram que ele seria TE novamente. Foi cortado e acabou virando DE, depois de estrear e precisar passar por uma cirurgia, o HC disse que ele voltará a ser TE.

Sem posição definida fica difícil para avaliar e desenvolver alguém. Sullivan é um guerreiro e batalhador, mas do ponto de vista prático, o time jogou duas escolhas fora.

Resultado: N/A/Ruim

“Estou aqui para ajudar a equipe a vencer” – Hello, Sullivan

Por que o time voltou ao draft para pegar Stephen Sullivan?

Classe de UDFA

Esse ano foi injusto com a classe de UDFA, tanto que pouco deles foram aproveitados esse ano. Em Seattle, um time que sempre teve uma tradição de usar bem seus UDFAs, nesse ano poucos foram aproveitados sequer para um time de treinos. Talvez para 2021 tenhamos alguém, tal qual foi com o DT Mone que teve um primeiro ano mais discreto e no segundo apareceu.

Resultado: N/A

Análise da Classe de UDFA de Seattle

Go Hawks!

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