Shane Waldron é o novo Coordenador Ofensivo de Seattle!

Apesar de estabelecer o recorde em pontos numa temporada da história da franquia, Brian Schottenheimer foi demitido ao fim da temporada (vale lembrar que KNJ ainda está firme e forte, ninguém fala mais dele), depois de uma segunda metade de ano sem ajustes contra as defesas. Depois de uma procura e de uma lista extensa, Seattle parece finalmente ter chegado ao nome desejado para o cargo de OC, Shane Waldron, coordenador do jogo aéreo dos Rams.

O que aconteceu com a defesa e o ataque de Seattle?

Verdades inconvenientes que ninguém quer ler sobre o fim da temporada [3]

As opções para OC de Seattle!

Vamos analisar o impacto da contratação!

Quem é Shane Waldron

Shane Waldron está com Sean McVay desde seus dias em Washington em 2016. Quando McVay foi contratado pelos Rams, Waldron era inicialmente o técnico de TEs de Los Angeles antes de assumir o papel de coordenador de jogo de passes em 2018. Ele também tinha o título de Treinador de QBs em 2019, antes de se concentrar apenas no jogo de passes novamente em 2020. Anteriormente, ele foi assistente no New England Patriots e trabalhou com Bill Belichick como treinador de controle de qualidade ofensiva e, posteriormente, como treinador de tight ends em 2009.

“Ele é um treinador fenomenal. Ele é um grande comunicador. Ele tem uma capacidade rara de se conectar de forma autêntica e genuína não apenas com os treinadores, mas também com os jogadores, e ser capaz de corrigir de uma maneira rápida. É tudo uma questão de resolver problemas e fazer isso junto. Ele obviamente fez um trabalho fenomenal, principalmente como um líder para o nosso ataque, não exclusivamente sendo apenas um coordenador de jogo de passe. “, carimbo do Sean McVay nele.

A questão da Linha Ofensiva

Russell Wilson em quesito de sacks ficou em terceiro, sexto e quinto lugar na NFL nos últimos 3 anos, com Brian Schottenheimer como OC. Rams tiveram o sexto MENOR número, o MENOR número e o terceiro MENOR número de sacks nos últimos 3 anos, com Shane Waldron como coordenador do jogo de passe, com a estratégia de jogo com passes rápidos em LA.

Playbook 30: Esquemas de proteção de passe

Se na questão de proteção ao passe, esquema de play action dá mais tempo ao QB e ajudaria nossa OL, no jogo corrido as coisas são diferentes. O jogo corrido dos Rams era focado em corridas mais abertas, as chamadas wide zones, a mentalidade de Mike Solari é mais voltada para corridas de força e gap, então deveremos ter um ajuste. Ou então, Waldron vai manter o estilo de Solari e focar mais no jogo aéreo que é sua real especialidade.

Raio-X: Qual as corridas desenhadas por Solari?

Playbook 10 – Tipos de corrida

Num ano que ainda deve ter um programa de offseason curto por conta da COVID, seria complicado mudar tudo de uma vez só. Ademais, apesar de Duane Brown e Brandon Shell serem capazes de se adaptar um pouco a esse esquema, o time daria um tiro no pé em relação aos novatos que escolheu para OL, Phil Haynes e Damien Lewis em nada se encaixariam.

Raio-X: O interminável Duane Brown

Brandon Shell resolve os problemas de RT?

[Vídeo] Analise BSBR – Com Damien Lewis, Russell Wilson fica mais protegido?

Os corredores também seria mais diferentes. Por mais ódio que a torcida tenha, Rashaad Penny seria um dos candidatos a ir bem no esquema de Waldron em corridas mais abertas. Travis Homer e Deejay Dallas podem ser maiores contribuintes, isso pode vir a calhar com Seattle tendo pouco cap e a renovação de Chris Carson estando bem difícil.

Não era para correr mais?

Sabemos que, embora o Los Angeles Rams tenha sido um time com muitos passes em descidas iniciais em situações neutras de script de jogo sob Sean McVay, eles usam muito play-action e lideraram a liga nas últimas duas temporadas . Curiosamente, os Seahawks tiveram apenas 9 passes a mais de play action em 2020(nono da liga) do que em 2019, apesar de aumentar em 42 as tentativas de passe de Russell Wilson.

Playbook 22 – O uso do play action

A taxa de play action é uma coisa, mas a criatividade dos conceitos de play-action e tirar Jared Goff do pocket é uma história diferente e os Rams sempre fizeram disso um marco de seu ataque ao longo da era McVay. Fazer um ataque promissor com Goff como signal caller é um bom sinal, com Russell Wilson nas mãos ele deve conseguir bem mais.

Apesar de Pete Carroll falar que quer voltar a correr mais com a bola, escolheu um cara focado em passes. Isso porque Russell Wilson, segundo dizem, se envolveu na escolha. E um coordenador focado em play-action, tem relação com jogo corrido, já que você precisa vender bem a corrida para abrir espaço para o passe.

Schottenheimer pode maximizar a produção de Wilson?

Um dos grandes problemas do nosso ataque (que terá um texto específico sobre ele mais a frente) foi o fato de não se ajustar durantes os jogos. Depois de um início de ano arrasador, era óbvio que as defesas iriam se ajustar. Nosso ataque passou a ser corridas e passe longos, daí o declínio da segunda metade da temporada.

Raio-X: Russell Wilson, o rei dos passes longos!

Sem deixar de lado o passe em profundidade, que com Wilson sempre será uma arma letal, o ataque deve finalmente trabalhar conceitos de passes mais rápidos e curtos com TEs e RBs que tanto pedimos durante o ano. O time havia feito um investimento pesado principalmente na posição de TE e o setor foi totalmente subutilizado, com Tyler Higbee e Gerald Everett o setor chegou a mil jardas, então boas notícias para Will Dissly e Colby Parkinson. Além disso, jogadas focadas em jardas pós recepção, que em 2020 ficaram apenas a cargo de DK Metcalf, basicamente.

Como o ataque vai usar tantos Tigh Ends?

Outra peça que será fundamental é Tyler Lockett, que vem sendo nosso slot receiver. A bola de segurança em todo o tempo do ataque dos Rams era Cooper Kupp, inclusive, quando o WR estava machucado a dinâmica do ataque caía vertiginosamente. Se adicionarmos na FA/Draft uma boa peça para WR3 e deixarmos Lockett como slot receiver o tempo inteiro, é mais uma forma de fazer nosso ataque crescer.

A inexperiência

Em sete anos ele nunca chamou uma jogada sequer na liga. Isso com certeza vai pesar, principalmente em momentos decisivos e de pressão. Mas é óbvio que todo mundo merece uma chance, a escolha dele saiu do arcaico de escolhas como Mike Solari e Ken Norton Jr e veio para uma peça nova que pode ter um futuro promissor, dado seus anos ao lado de McVay.

Outro ponto importante é que esse ano o trainning camp deve ser curto novamente. Dessa forma, implementar uma filosofia nova só em conversas e reuniões vai ser bem desafiador, mas vamos torcer para que isso dê certo.

Veredito

Só de tirar armas do inimigo foi um bom movimento (haha). Não que isso paralise os Rams, já que o time perdeu Wade Philips, um dos grandes DCs da liga e no ano seguinte conseguiu fazer Brandon Staley se destacar tanto a ponto de virar HC. Fora Staley, o time de LA perdeu Shane Waldron, Brad Holmes, Ray Agnew, Joe Barry e Aubrey Pleasant, todos nomes importantes da comissão técnica.

Um cara novo, com ideias novas e criativas pode fazer com que finalmente consigamos extrair mais de Russell Wilson e aproveitar seu auge. Foi um passo na direção certa, vejamos se a execução será tão boa quanto a ideia e o plano inicial.

Go Hawks!

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