Shaquem Griffin como pass rusher

Uma das histórias mais sensacionais do esporte é a de Shaquem Griffin. Provavelmente você já conhece, mas para os que não conhecem, Griffin nasceu com uma doença que infelizmente o levou a ter que amputar sua mão esquerda. No entanto, isso não o impediu de perseguir seus sonhos, se tornando o primeiro jogador com sua condição a ser draftado. Teve um combine inesquecível, foi o LB mais rápido da história…

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… e com uma prótese conseguiu nada menos que VINTE repetições no supino.

Sua velocidade, desde a época do college sempre foi sua principal força.

Em UCF, conseguiu visibilidade porque além de uma grande história de superação ele tem bastante talento. Registrou 195 tackles, 33.5 tackles para perda de jardas, 18.5 sacks, 16 passes desviados, 3 interceptações, 4 fumbles forçados e 5 recuperados.

Além disso ele sempre se doou 400% para o time.

Ele teve chances no jogo contra o Denver, mas não desempenhou o papel exato de um rusher. Ele jogou como um linebacker puro e não é o encaixe ideal para ele. Depois disso, que aconteceu na semana 1, ele não teve nenhum snap válido na defesa até o jogo contra os 49ers, que foi onde o time finalmente decidiu usá-lo. E dessa vez no lugar correto, ele até poderia alinha como um linebacker tradicional, mas desde que fosse numa marcação individual (aproveitando a bagagem que ele tem de DB e sua velocidade) ou como um blitzer. [ihc-hide-content ihc_mb_type=”block” ihc_mb_who=”unreg” ihc_mb_template=”3″ ]

Apesar de ainda não estar nesse papel, que julgo como melhor fit, ele entrou como edge puro, principalmente em terceiras descidas. Inclusive no final do jogo, quando mais precisávamos de defesa, o time deixou Ansah no banco para colocá-lo. Com a mesma quantidade de snaps do veterano ele teve uma nota no jogo quase duas vezes melhor. “Nós vamos encontrar maneiras de utilizá-lo”, disse Carroll sobre Griffin, que está listado como reserva do SAM, mas que não jogou na defesa durante toda a temporada até 14 snaps na segunda-feira. Griffin conseguiu todos eles como pass rush, todos alinhados no lado esquerdo, de acordo com o Pro Football Focus. “Temos que trabalhar mais para usar sua velocidade“, disse Carroll. “Ele é instintivamente um bom rusher. Ele simplesmente não é muito grande, para a posição. Você tem que fazer coisas especiais com ele”.

A grande questão para Griffin é que muitas vezes a luta nas trincheiras exige muito o trabalho de mão para se desvencilhar. Aliado a isso, ele não tem muita força e isso sempre foi levado em consideração. Nesse lance tudo foi bem desenhado, ele faz o stunt, e executa um spin move de forma perfeita deixando o adversário no chão. Para sorte da OL dos 49ers, o guard consegue cobrir e impedir a investida de Griffin.

Griffin está alinhado em wide-9 technique, e executa outro spin move para dentro da linha contra o RT, ele percebe a porta fechada e explora o lado de fora, McGlinchey não consegue bloquear e cede a pressão (que não foi contabilizada). Garopollo foge para o outro lado e faz o passe para fora. Detalhe que o motor dele não desliga e ele não desiste!

O RT faz um ótimo trabalho bloqueando Griffin, e ele não consegue chegar ao QB. Quando Griffin não consegue a vitória em cima do adversário logo no começo, fica bem mais difícil para ele. Ele teve um ótimo contato inicial, bom punch, mas a força fez diferença nesse embate. No entanto isso não faz com que ele pare, ele permanece em atenção a bola e vai fazer o tackle lá na linha de first down. Determinação e velocidade!

Queria pedir licença para deixar a emoção falar. Esse cara tem uma determinação incrível e é uma lição de vida para todos nós. Muitos teriam desistido logo no começo, mas ele persistiu até o fim e hoje joga numa das ligas mais disputadas do esporte. As vezes a técnica ou fisicalidade não são suficientes se você não tem vontade de vencer ou não se doa 100%, snap atrás de snap.

Do lado tático, ele tenta usar um rip move, mas perde o equilíbrio e também perde balanço na disputa de força com o RT. Mas o esforço SEMPRE está lá.

Foi muito bom vê-lo no campo, mas ele ainda precisa evoluir. Por exemplo, jogar com menos de 230lbs vai ser difícil e ele se manterá como rusher situacional. Um outro ponto importante é que ele precisa montar um plano de ataque. Explico. Os rushers não saem correndo loucamente atrás do QB (ou pelo menos não deveriam), eles montam um plano. Por exemplo: “começar com um swin move depois finalizar com um spin, fazer o counter com um rip”. Griffin basicamente usou o spin move em todas suas jogadas, encaixa bem coma  velocidade dele, mas não resolve. Fora isso, ele fez um rip e tentou um swin. Sem muito sucesso. Ele precisa aprimorar os outros moves e criar uma estratégia para usá-los.

Como já falei algumas vezes nos podcasts, não, Griffin não vai resolver nosso problema no pass rush, mas é uma boa alternativa em alguns pacotes. Ele pode assumir o papel que o Martin executava ano passado. Fora Clowney, não temos rushers tão velozes, Ansah que outrora já foi uma ameaça, está sofrendo com problemas de lesão e peso. Lembrem-se: da regra número 1: hidratem-se!..ops não é essa…“Insanidade é continuar fazendo sempre a mesma coisa e esperar resultados diferentes”.

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Go Hawks!

8 Replies to “Shaquem Griffin como pass rusher”

  1. […] 07 – Técnicas de pass rusher Shaquem Griffin como pass rusher Muito mais que um […]

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