Vencedores e Perdedores – Semana 05.2024

Não me recordo de ter me decepcionado tanto com uma derrota do Seahawks como a do confronto da semana 5 contra os Giants.

Desde que comecei a acompanhar a NFL e torcer pela melhor franquia do mundo, Seattle Seahawks, vi derrotas significativas que doeram, como a primeira dessa temporada, contra os Lions (Jared Goff “perfeito”) na semana passada. Mas, se juntarmos todo o contexto envolvendo o jogo, Giants 29 x Seahawks 20 foi dolorido, frustrante, decepcionante, revoltante… Adjetivos negativos que poderia continuar citando aqui tranquilamente (Ou melhor, tranquilo nem um pouco), entretanto, melhor do que isso vou mostrar a minha decepção não citando nenhum vencedor no texto de hoje. Afinal de contas, ninguém merece.

Apesar de conseguirmos pinçar um lance aqui e outro ali com certo destaque positivo, como o primeiro TD na temporada de Jaxon Smith-Njigba, fumble recuperado e retornado para TD do Rayshawn Jenkins, Derick Hall com mais um sack e mostrando uma evolução em seu segundo ano na liga, seus jogos completos e de suas respectivas unidades estão longe de ser vitoriosos em um confronto que até os torcedores serão citados entre os derrotados.

Bom, está difícil de digerir esse jogo, então vamos compartilhar da raiva falando sobre os principais PERDEDORES da semana 05 de 2024?

PERDEDORES

TRINCHEIRAS

Não é a primeira vez que você me vê dizendo isso aqui nessa coluna e não será a última, até porque essa é a essência do esporte: “futebol americano é um esporte de conquista de territórios”. Nas Trincheiras (Embate entre Linha Ofensiva e Linha Defensiva) é o melhor local onde podemos encontrar essa essência. Talvez o local mais confuso aos nossos olhos quando estamos assistindo ao jogo e o menos chamativo em relação a plasticidade do esporte, mas é lá que se ganha e perde o jogo.

Tivemos um dos piores jogos que já vimos pois nossa Linha Ofensiva não consegue proteger Geno Smith que apesar de estar longe de ser um grande QB, mostra ter resiliência em viver em constante pressão, pancadas e ter que lutar pela própria vida constantemente. Linha Ofensiva essa que além de não proteger e dar tempo para quarterback e recebedores desenvolverem seus jogos, não permite que o jogo corrido seja um fato em nosso ataque que se torna cada vez mais unidimensional (Não que esse seja o único fator na minha opinião).

No outro lado da bola, temos uma Linha Defensiva que não estava tão desfalcada quanto contra os Lions e teve a estreia de Uchenna Nwosu e, mesmo assim, não é capaz de parar o jogo corrido adversário sem seu principal corredor e pressionar o QB adversário sem a necessidade excessiva de blitzes que não tem sido bem executadas (sobre isso, falo mais tarde).

E por fim, exemplificando bem o desastre da partida e Linha que protege o chute de Jason Myers me é saltada pelo adversário que bloqueia o chute que poderia nos levar para não merecida prorrogação. As linhas foram um verdadeiro desastre.

ATAQUE

Basicamente, não temos jogo terrestre. No último domingo foram 7 carregadas em relação a 40 tentativas de passes, nenhum ataque se sustenta desse jeito. Por mais que tenhamos elogiado Ryan Grubb na semana passada pela versatilidade em meio a unidimensionalidade, não é justificável abandonar o jogo terrestre por conta de uma inoperante linha ofensiva que não bloqueia. Se ele não confia na OL para desenvolver o jogo corrido é função dele buscar soluções ao invés de simplesmente abandonar o ataque terrestre. Ataques assim são insustentáveis.

Ainda falando sobre a unidade ofensiva, poderíamos citar DK e mais um fumble sofrido, JSN com mais um drop importante. Talvez, o único que tenha se salvado nesse jogo foi Tyler Lockett.

 DEFESA

Todos os times que enfrentamos, com exceção dos Dolphins por conta de problemas de lesão na posição de quarterback, somaram mais pontos contra o Seahawks em relação a média de pontos dos outros confrontos, exemplo: os Giants nos outros 4 jogos tiveram uma média de 15 pontos por partida. Em contrapartida aplicaram 29 pontos em Seattle; os Lions, outro exemplo, teve uma média de 20,6 pontos nos outros 3 confrontos que teve e no Ford field aplicou 42 pontos no Seahawks. Ou seja, nossa defesa tem sido um mãe!

Muito desses números se dão por nossa defesa não conter o jogo terrestre adversário e contra o RB2 dos Giants, não foi diferente. Porém, o que mais me desagradou no domingo foi que o grande ataque de NY (Só que não) não fez nada de diferente, nada inesperado e mesmo assim nossa defesa não conseguiu para um QB que já é pressionado por vida.

Segunda derrota seguida em que a Defesa deixa a desejar dando razão para pensarmos que não é que ela era boa, mas, maquiada pela ruindade dos ataques vencidos e mesmo assim contra Seattle renderam mais do que o normal.

MIKE MACDONALD

Contra os Lions, os desfalques fizeram com que grande parte da torcida tenha deixado passar o fato do Goff ter tido um jogo perfeito. Mas, contra os Giants tivemos o retorno de Leonard Willians, Jerome Baker e estreia de Uchenna Nwosu (como dito antes) e proporcionamos o melhor jogo de Patrick Mahommes na temporada. Pera aí… Não! Era o Daniel Jones e sem Malik Nabers e Devin Singletary, principal recebedor e runningback respectivamente.

Mais uma vez quase nada funcionou na unidade predominante de nosso HC e as 3 vitórias seguidas se tornaram em 2 derrotas dolorosas na véspera de seu primeiro confronto divisional. Chance para dar a volta por cima e aproveitar os vacilos dos rivais na temporada.

TORCEDOR

Como dito, foi muito decepcionante essa derrota. A torcida cria uma atmosfera incrível no Lumen Field, 12s espalhados pelo Brasil esperançosos e animados com mais uma vitória e confirmação do favoritismo e o que acontece? AMASSADOS pelos Giants… O que me faz lembrar: “A expectativa é a mãe das frustrações”.

Então… Se prepara para o pior, espera o melhor e o que vir é lucro! Pois, quinta temos os 49ers pela frente.

Go Hawks!

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