Todos sabíamos que receber a equipe dos Bills no Lumen Field seria uma parada difícil para o Seahawks, isso mesmo antes da temporada começar. Bom, setembro chegou e de lá até aqui algumas vitórias “tranquilas” e derrotas desastrosas ocorreram e entre trancos e barrancos a liderança da NFC West era realidade antes desse confronto da semana 8. O fato é que apesar da campanha até aqui e a permanência na posição número 1 da divisão não tornariam enfrentar a equipe de Buffalo algo mais fácil. Pelo contrário, se não bastasse estar em nossa casa o líder da AFC East e seu QB limpo de interceptações e candidato a MVP da temporada, o desempenho do Seahawks até esse domingo confirmou a vitória ser considerada zebra mesmo em nossos domínios.
Tudo bem, poderíamos considerar um jogo “perdível” ao analisarmos a tabela, mas o que esperávamos era um confronto ao menos equilibrado e que se tivessemos “caído de pé”, confesso que estaria mais tranquilo. Contudo, o que vimos foi DECEPCIONANTE e decepcionar em meio a derrotas feias que tivemos seria uma tarefa difícil, mas esse time sempre nos surpreende e fomos de fato decepcionados por uma tamanha incompetência.
Bom, o fato é que em mais um dia nessa coluna, tenho que me esforçar muito e até apelar para ter um vencedor e poderíamos ficar aqui até amanhã falando sobre perdedores nesse jogo. Fazer o Vencedores e Perdedores de Bills 31 e Seahawks 10 tem sido um grande desafio.
Então, vamos ver no que deu…
VENCEDORES
MICHEL DICKSON #4
Pois é… Forcei a barra não é mesmo?
Mas, o cara tem uma função e executa bem aquilo que lhe é proposto. Tendo em vista o que foi feito pelos seus companheiros, ele pode ser considerado um vencedor.
Em 4 punts, Dickson chutou para 245 jardas, ou seja, ele teve mais jardas que todo o ataque. Esse foi o jogo em que ele teve o maior número e maior média obtida por chute. Pelo menos dele não podemos cobrar que não está fazendo um bom trabalho, pelo menos um jogador.
JOSH JOBE #29
Responsável pelo único momento de esperança do torcedor do Seahawks no jogo, Josh foi responsável pela primeira interceptação na temporada do seu chará Allen. Mas, não fez um bom “Jobe” nessa tarde e noite de domingo.
Porém, pode ser considerado um vencedor pela única jogada empolgante do nosso time e ter mais oportunidades em meio ao retorno dos titulares da posição. Para quem veio do Pratice Squad e tem tido esse volume de jogo, posso forçar mais um pouco a barra e considerar um vencedor.
O AZAR
Não foram poucas as oportunidades que a equipe dos Bills forneceram para que o Seahawks permanecessem no jogo. Teve a primeira interceptação de Josh Allen, Fumble do QB que dá uma “bica na bola” e ganha um monte de jardas por ser recuperada pelos visitantes, pisão do nosso Center no pé do nosso QB na beira da endzone que possibilitaria conquistarmos um touchdown e tudo mais. Não foram poucas as oportunidades, mas coisas bizarras aconteceram, dignas de falta de sorte.
Mas, como diz o pensador: “A sorte é o encontro da oportunidade com a competência”. A oportunidade estava lá. Mas, estamos longe de ser competentes.
PERDEDORES
CONNOR WILLIAMS #57
A sua contratação foi a esperança para atendermos a necessidade de muito tempo, um Center de confiança. Mas, Williams vem deixando a desejar, assim como toda a Linha Ofensiva de Seattle. Ele vem cedendo muitas pressões pelo meio da linha (pior tipo de pressão para os quarterbacks, não vem fazendo boas leituras e ajudando na identificação das blitezes adversárias e o fato de ter companheiros piores fizeram com que ele não tenha figurado a mais tempo por aqui.
O dia chegou! Nosso Center teve seu pior jogo com a camisa de Seattle. Foi um dos principais responsáveis em anular duas idas a endzone adversária com um snap horroroso e um pisão no pé de Geno Smith em uma 4ª para o goal na linha de uma jarda.
DEE WILLIAMS #33
Cara!
Mais um turnover que ele comete, tomada de decisões ruins e atrapalhadas em tentativa de retorno de punt e kickoffs, muito hesitante em um momento em que você não pode vacilar, coisa que ele mais tem feito e contra os Bills não foi diferente.
Não é possível que seja tão difícil substituir um retornador não draftado. Será que ele tem algum segredo do alto escalão de Seattle?
RYAN GRUBB #OC
A carreira no universitário do nosso atual coordenador ofensivo era pautada por um jogo terrestre bem sólido. Para isso, linhas ofensivas sólidas eram montadas para que ele pudesse desenvolver seu belo trabalho no College. Bom acho que na hora de contratá-lo esqueceram de falar que uma coisa que não temos a muito tempo era uma OL boa, a tempos ela está longe de ser sólida.
Mais uma coisa é certa meu amigo: Você está na NFL!
Adversidade é algo muito comum nessa liga e nessas horas que são separadas os “homens dos meninos”. Outros OCs encontraram solução para esse problema, coisa que Grubb não tem feito e no último domingo foi chamado um jogo ofensivo bem sofrível.
Nossas peças do ataque são tão ruins assim ou não estão sendo bem exploradas?
MIKE MACDONALD #HC
Quando o Ataque, a Defesa e o Time Especiais são destaques negativo em uma partida, jogadores desequilibrados brigando na sideline, 11 faltas cometidas e um elenco desempenhar abaixo do esperado são motivos suficientes para que mais uma vez nosso Head Coach seja considerado o maior perdedor dessa semana. Como disse tio Ben: “Cm grandes poderes vem grandes responsabilidades”. Se tudo que você comanda a sua volta decepciona, você é grande responsável pela decepção.
As dores de crescimento tem sido forte demais para o novato, espero que dê muita casca para nosso HC e que não venha ser uma grande decepção.
FATOR LUMEN FIELD
O que é mais comum de ouvirmos durante as transmissões do Seahawks é que jogar no Lumen Field é um dos locais mais hostis. De fato, muito comum ver os adversários cometerem false starts, erros por falta de comunicação. Bom, erros assim dos adversários ainda acontecem, mas como o fator casa não vem sendo aproveitado por essa equipe, não é brincadeira e o 12º jogador até entra em campo, mas só ele tem merecido a vitória.
Foi o tempo em que jogar em casa deixava os torcedores confiantes da vitória. Hoje, jogar em Seattle não tem sido um fator assim, nessa temporada foram 3 derrotas e 2 vitórias sendo que uma delas foi mais apertada do que deveria ser, contra os Broncos. Ainda vamos receber Rams, Cardinals, Green Bay e Vikings, ou seja, uma grande chance de termos campanha negativa em casa. Contudo, uma coisa é certa o fator Casa nessa semana 8 foi destroçado, tendo em vista a decepção que foi ver o Seahawks aqui de longe, imagina de perto.
O que nos resta?
Junta os cacos e receber os Rams para nosso segundo confronto divisional para, quem sabe, termos um desempenho digno da torcida que temos.
Go Hawks!