No texto de ontem trouxemos alguns dos problemas que o ataque de Seattle apresentou durante 2022. Hoje, vamos mostrar que não apenas reclamamos, mas também trazemos possíveis soluções para nossas próprias críticas (para quem ERRONEAMENTE me chama de corneta e afins). Obviamente, não esperamos que todos os problemas sejam resolvidos e o ataque vire uma máquina perfeita do dia para noite. Se ao menos um desses problemas for resolvido, podemos ter um ataque mais consistente e confiável para projetar algo na pós temporada.
Vamos lá!
Problema 1: Sacks em Terceiras descidas
Esse seria o problema mais fácil de se dar a resposta. Se vamos realmente resolver ou não é outra história. A primeira resposta simples é reforçar a OL, coisa que Seattle ao menos tentou fazer nessa última offseason. Trouxe Evan Brown que é um upgrade em comparação a Austin Blythe. Para o miolo da linha que ainda penso ser um ponto instável, Seattle não trouxe um grande nome, apenas o novato Anthony Bradford que tem um alto teto, mas um piso baixo. Tanto que no momento ele não é nem o reserva imediato para guard, está atrás do UDFA Jake Curhan.
Habemus center! Seattle contrata Evan Brown
Anthony Bradford conseguirá ser titular no ano 1?
Nas pontas d alinha é onde podemos ter a maior melhora de um ano para outro. Charles Cross, escolha de top 10 do Draft de 2022, é um jogador jovem e que tinha poucos jogos na carreira, atuando apenas dois anos como titular. Era de se esperar que o primeiro ano não fosse tão bom. Nos treinos do trainning camp ele demonstrou uma técnica muita mais apurada e foi o melhor dos OLs nos 1v1s. Já Ae Lucas, um dos grandes steals do draft sofreu na segunda metade da temporada, mas é um jogador muito técnico e que ajudou muito no jogo corrido.
Charles Cross vai fazer valer a escolha de top-10?
Abraham Lucas pode se tornar o melhor RT da era Pete Carroll?
Por fim, o ponto mais difícil de se consertar é Geno. Claro que a solução do problema aqui não seria apenas um mudança de peça. Mexer no mental é algo difícil. Em certos momentos, Smith prendeu demais a bola, com certa dificuldade ou hesitação para fazer passes. Em outros, ele não conseguiu improvisar corridas que facilmente lhe dariam o first down. Esse deve ser um dos grandes pontos para se trabalhar com ele nessa offseason.
Problema 2: Aproveitamento na Redzone
Se eu pudesse escolher um problema para ser resolvido, seria esse. É muito frustrante e custa caro chegar a redzone e não marcar, é a diferença entre ganhar ou perder um jogo. Geno Smith insistiu em passes forçados para o DK. Claro que é um alvo formidável na redzone, mas o time precisa de mais armas. O primeiro passo é ter uma ameaça terrestre para deixar a defesa honesta diferente do que tem sido.
Zach Charbonnet formará a melhor dupla de RB da história dos Seahawks
Com Ken Walker não tendo um grande aproveitamento na redzone as defesas podem dobrar em recebedores. Seattle trouxe Zach Charbonnet que é um especialista nessas situações. Seattle sentiu um duro golpe com a saída de Chris Carson que era muito bom nessas situações. Ter essa real ameaça pode ajudar Walker a surpreender e deixar a vida dos nossos recebedores um pouco mais simples.
Indo para o lado aéreo do ataque, eu penso que dois fatores são importantes na redzone: recebedores altos e fortes, e jogadores que conseguem se desmarcar muito rápido. Para o primeiro ponto, temos DK Metcalf que já falamos, mas penso que Seattle poderia usar mais os TEs no começo do ano, onde fomos muito produtivos, principalmente com Will Dissly. Para o segundo, podemos usar mais Tyler Lockett e suas recepções acrobáticas, mas agora chegamos a uma grande arma: Jaxon Smith-Njigba.
Jaxon Smith-Njigba será o WR que tanto pedimos?
Top 10 Catches of Training Camp (a🧵):
#10 – Jaxon Smith-Njigba
(video via @Seahawks) pic.twitter.com/x8Jwtmex7p— NFL Beat Writers (@32BeatWriters) August 2, 2023
Ele não é o recebedor mais veloz, mas tem uma capacidade de se desmarcar muito rapidamente, além de mãos sólidas e confiáveis. Tudo que é necessário na redzone e/ou que pode chamar atenção para deixar as outras armas (DK, Lockett e os TEs) mais livres.
Problema 3: Situações de Jardas Curtas
Zach Charbonnet, RB, #24
Ninguém derruba o homem. pic.twitter.com/xTlaxXD4qK
— Rapinas do Mar (Cortes) (@cortesrapinas) May 5, 2023
Aqui se resolve com um pouco do que foi descrito acima. Charbonnet pode ajudar Walker nessas situações. Sua força nas pernas e capacidade de quebrar tackles pode ser muito eficiente para ajudar
Problema 4: Jardas após a recepção
Jaxon Smith-Njigba, WR, #11
Motion para fazer com que a defesa alterne o deep safety dando espaço para JSN.
Com a bola nas mãos ele pune o defensor em campo aberto. pic.twitter.com/MK6SV4it5f
— Rapinas do Mar (Cortes) (@cortesrapinas) May 3, 2023
Novamente, uma das respostas é JSN. Ele já era usado no college assim. Sua capacidade recebendo screens e o modo que ele lê o campo lhe dão a chance de conseguir jardas depois da recepção. Vamos ver se Shane Waldron usará de forma correta, porque em tese o time já tem duas armas interessantes: Lockett e DK. Um também pela sua agilidade e outro pela sua velocidade e fisicalidade.
Jaxon Smith-Njigba, WR, #11
Sendo colocado no backfield para fazer ter um matchup favorável. Shane Waldron fez isso algumas vezes com Tyler Lockett. pic.twitter.com/cZkTSpXlY3
— Rapinas do Mar (Cortes) (@cortesrapinas) May 3, 2023
Forever a 12s!
[…] Possíveis soluções para os problemas do ataque de Seattle […]