Gary Jennings tem a oportunidade perfeita em Seattle

No draft, Seattle escolheu 3 recebedores, o conhecido Metcalf, o desconhecido  Ursua e o mediano Jennings. Entretanto ele tem uma excelente oportunidade em Seaatle, uma vez que demonstra boa versatilidade. Com 6’2” (1,85m) e 214lbs (97kg) pode jogar na lateral sem problemas mas durante o college jogou muito no slot. Teve 168 recepções para 2294 jardas e 17 TDs durante sua carreira em West Virginia.

Com a perda de Baldwin (#SAUDADES), os olhos dos torcedores se voltam principalmente para a função de slot, uma vez que no elenco não havia ninguém com essa característica. No entanto, Jennings e JS se mostram confiantes no que o novato pode produzir.

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“Eu joguei no slot a maior parte do tempo nas minhas últimas duas temporadas e eu joguei do lado de fora no meu primeiro e segundo ano. Então eu tenho uma experiência decente em ambas as áreas.” explicou Jennings, logo ao ser draftado.

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Com braços de 32,5 polegadas, ele tem um ótimo catch radio, ou raio de captura, juntamente com uma excelente velocidade de 4,42 no combine. No slot, ele percorreu rotas de fundo de campo com grande freqüência e eficiência, terminando com mais de 1.000 jardas como um júnior em 2017.

“Ele poderia ser esse cara de força lá”, disse Schneider quando perguntado sobre Jennings como um potencial encaixe no slot. “Ele é muito forte e pode basicamente voar para um cara de 214 libras”.

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Apesar de seu maior uso no slot, o tamanho de Jennings pode ser mais adequado para jogar do lado de fora, onde ele pode maximizar seu tamanho, explosividade e habilidade para pegar a bola no ponto alto. Quando acionado em rotas “Go”na última temporada, Gary Jennings Jr. teve 8 recepções para 322 jardas e 5 touchdowns, gerando um passer rating de 141.4 (49.7 pontos maior que a média da NCAA nesse tipo de rota).

Vamos a análise das jogadas do novo camisa 11:

Acredito que um dos principais defeitos de Jennings é a incapacidade de cortes com grandes ganhos, quando a marcação está muito apertada e ele não tem tempo para usar sua explosão para finta ou de analisar e processar a leitura do posicionamento da defesa.

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Já quando ele tem certo espaço… uma bela arma, inclusive essa noção de enxergar espaços para correr, faz dele um potencial para os times especiais. Ele parece um RB depois que tem a bola nas mãos, faz diagnósticos corretos, se conseguir fazer essas leituras com mais velocidade, será fantástico.

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Como dito anteriormente, ele tem uma excelente explosão, que para um cara do tamanho dele, faz a vida dos defensores ficarem com problemas ao pará-lo.

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Nessas jogadas ele demonstra boa fisicalidade antes e depois da recepção. Seja para criar o espaço para ele fazer a recepção (jogada que Baldwin fazia muito bem, deixando o CB criar o leverage favorável para ele) ou para ganhar jardas após a recepção, mais um excelente atributo de Gary.

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Um ponto em que ele não é extremamente fraco mas que precisa evoluir e pode até ter umas aulas com o tio Baldwin, é o route running. Ele tem a inteligência para saber o que fazer, mas ainda parece meio desajeitado no controle corporal, ainda assim consegue manipular os safeties do fundo do campo como movimentos de cabeça(são os mais fáceis de executar, por exemplo, quando o recebedor abaixa a cabeça, a defesa pressupõe que ele irá fazer uma rota para o fundo do campo e nesses milésimos de dúvida o recebedor consegue manipular os adversários).

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Aliado a técnica de route running, ele faz boas leituras dos espaços que tem a percorrer e quais seriam os pontos favoráveis para ele e o QB se conectarem.

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A seguir, só para demonstrar jogadas basicamente iguais as que Baldwin fazia. Aparentemente simples, mas que demonstram a sinergia entre QB e WR. Sempre que Baldwin não ia executar rotas para o fundo do campo ele procurava uma forma de dar opção para Wilson. Um bom slot, tem que ser a bola de segurança no meio do campo para o QB, e Jennings tem essa inteligência.

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Jennings chamou a si mesmo de “cara para se lançar” em situações cruciais, exaltando suas mãos firmes, velocidade e capacidade de fazer jogadas – exatamente o que Seattle precisa. Nessa jogada ele foi extremamente clutch e fez o TD que possibilitou a vitória de West Virginia sobre Texas, num dos melhores jogos da temporada passada. Nas outras duas ele mostra a firmeza das mãos, seja pegando a bola no alto ou não e não usando o corpo para ajudar na recepção, técnica correta para um recebedor.

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Existem 3 tipos de recebedores e em negrito onde Jennings pode se encaixar:

  • Split end, X ou SE – são posicionados próximos à lateral, no lado contrário ao TE, na linha de scrimmage, ficando menos em jogadas de motions. Por estar na linha, normalmente ele vai ficar de frente com um CB marcando de forma agressiva e em press. Sendo assim, ele precisa de velocidade, agilidade e explosão para evitar os jams/bumps e chegar a lateral primeiro que o adversário.
  • Flanker, Z ou FL – Se posiciona pelo menos um passo atrás da linha de scrimmage, pode ser usado em motions, que é o jogador que se movimenta antes da jogada se iniciar, um artifício que vem sendo usado cada vez para identificar o tipo de cobertura que o adversário está usando. O flanker por estar mais distante do cornerback, ele tem mais espaço para conseguir escapar do marcador. Sendo assim é requirido de um flanker velocidade e aceleração para chegar ao fundo do campo.
  • Slot, Y ou SR – se posicionaram entre a linha ofensiva e o recebedor “X” ou o “Z”,  ou seja nos espaços ou do inglês slot. Sendo assim, ele enfrentará a marcação de safeties ou linebackers, jogadores mais físicos, porém com menos velocidade se comparados com os cornerbacks. Nesses confrontos a tendência é que não haja perseguição, pois estarão numa faixa mais central e mais congestionada do campo e possivelmente em marcação por zona. Então o slot tem que ser inteligente para achar o espaço entre as zonas.

Veredito

Nesse primeiro ano, acho que ele deve jogar como o recebedor Z (ou flanker a explicação desse termo será melhor explicada mais a frente em outro post) ou de slot (sendo mais provável esse último com Lockett, Metcalf e Jennings). Ele precisa evoluir em alguns pontos, mas vejo nele uma excelente arma no slot, ele só não pode deixar sua versatilidade o atrapalhar e acabar se tornando um “pato”, como Pocic, faz muita coisa, mas nada certo.

Alguns dizem que eles lembram Kearse, eu não acho muito, mas o lugar em que ele pode despontar é no antigo lugar de Baldwin.

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Go Hawks!

One Reply to “Gary Jennings tem a oportunidade perfeita em Seattle”

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