Stone Forsythe vai conseguir proteger Russell Wilson?

Seattle entrará na temporada de 2021 com ambos os seus tackles titulares – Duane Brown e Brandon Shell – entrando no último ano de seus respectivos contratos e o único reserva – Cedric Ogbuehi – também. Os Seahawks passaram muito tempo durante o processo de pré-draft avaliando potenciais sucessores de longo prazo.

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Ao investir uma escolha da sexta rodada em Stone Forsythe, um prospecto que muitos analistas do draft viam como uma nota de segundo dia, os Seahawks conseguiram uma perspectiva de desenvolvimento de alto potencial para ser titular na liga.

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Vamos lá!

Quem é Stone Forsythe?

Com 6’8 (2,03m) de altura e pesando 307 libras (140kg), Forsythe possui longos braços de 34 3/8 polegadas e uma envergadura de 83 1/4 polegadas que o torna o arquétipo ideal para um LT na NFL. Ele usa esse comprimento com excelente eficácia na proteção de passes para manter os pass rushers afastados e é ridiculamente leve em seus pés espelhando os defensores para um jogador de seu tamanho enorme, bem como se movimentando no jogo corrido.

Em duas temporadas como titular, ele permitiu 21 apressamentos, 5 sacks e 10 qb hits, provando ser um dos melhores da SEC em manter seu QB protegido. Mas enquanto o comprimento de Forsythe permite que ele coloque as mãos nos defensores rapidamente, sua altura pode criar grandes problemas para ele, especialmente no jogo corrido. Mesmo quando ele está jogando baixo para seus padrões, os defensores muitas vezes ainda podem ficar por baixo dele e ele terá que ficar mais forte para compensar. Vencer a luta por cima sempre será um problema para caras com o tamanho dele.

Seu números no Pro Day não foram dos mais animadores, nem mostraram o que ele faz no tape. Teve um salto vertical de 27,5; salto em distância de 8’7; 25 repetições no supino, 1,86s de 10-yard split; 4,65 no short shuttle, lhe dando uma pontuação no TEF de 2,716318996 que é bem abaixo do 2,97 esperado por Seattle. No TEF Ponderado, ele teve um 83,39099319 também distante do 90 desejado.

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Além disso, não me sinto confortável em criticar o filho do The Rock, o The Stone.

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No caso de Forsythe, o ex-jogador dos Seahawks Steve Hutchinson, que estrelou ao lado de Walter GOAT Jones em meados dos anos 2000, viajou para a Flórida com o executivo Alonzo Highsmith para colocá-lo em um treino e conhecer o jogador fora do campo. Eles ficaram claramente impressionados com seu conjunto de habilidades, bem como com seu caráter, já que Schneider indicou que eles tinham os olhos postos em negociar por ele ao longo dos últimos rounds do terceiro dia do draft.

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Curiosamente, Schneider mencionou que, com o desenrolar do terceiro dia, Hutchinson pode ter ficado mais preocupado com a perspectiva de perder Forsythe do que ele ou o técnico Pete Carroll. O Hall of Famer, que agora atua como consultor de futebol, claramente amou o que viu e ouviu durante seu encontro com o jogador e desempenhou um papel decisivo em ele ser um alvo principal no conselho de seleção de Seattle.

Embora tenha feito questão de esclarecer que não estava o comparando ao grande jogador de todos os tempos, o GM John Schneider indicou que sua personalidade calma, o lembrava de Walter Jones.

A princípio, com a chegada de Forsythe em mente como uma parte fundamental de sua estratégia de draft, Seattle considerou trocar para baixo uma segunda vez na quarta rodada para adquirir outra escolha adicional de última rodada. Mas Schneider não queria correr o risco de perder o cornerback do Oklahoma, Tre Brown, e decidiu ficar parado e selecioná-lo com a 137ª escolha geral para reforçar a secundária.

Com apenas duas escolhas restantes – 217 e 250 – Schneider esperou pacientemente até o meio da sexta rodada, quando sentiu que os Seahawks tinham “munição suficiente” para negociar na faixa da escolha 190. A partir daí, ele começou a ligar para diferentes equipes em busca de um parceiro para troca e, eventualmente, negociou essas duas escolhas restantes para os Bears pela escolha de nº 208 para finalmente pegar seu cara.

Embora Brown e Shell estejam consolidados como titulares de partidas para 2021, Carroll espera que Forsythe possa competir em ambas as vagas de tackle como um novato. Com amplo espaço para crescer, ele acredita que está alcançando uma situação ideal onde pode aprender com um dos melhores do jogo com Duane Brown e, com o tempo, o aprendiz pode eventualmente suceder o mestre como LT.

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“O benefício de Stone é que ele pode aprender com um dos melhores jogadores da liga, Duane Brown. Ele poderá estudar com ele e trabalhar com ele. Duane o tomará sob sua proteção, eu sei disso.” Carroll disse. “Ele vai lhe ensinar todos os meandros desta posição, bem como demonstrar o que é ser um bloqueador de corrida eficaz. Duane é famoso por isso para nós.”

Proteção ao Passe

Na última temporada, Forsythe foi movido para LT em Florida e permitiu apenas dois sacks em 513 passes de snaps de proteção, de acordo com o Pro Football Focus.

Azeez Ojulari era reconhecido pela sua velocidade. Vendo um gigante a sua frente, seria uma prato cheio, correto? Errado! Forsythe consegue dropar bem e impedir qualquer chance do defensor chegar ao QB. Inclusive, essa partida contra Georgia foi uma das suas melhores no ano.

Normalmente ele não se afoba e demora para mostrar suas mãos. Ainda precisa resolver um pequeno problema que é o fato de algumas vezes permitir que os adversários tenham acesso ao seu peito. Por sua força ele acaba ganhando o duelo, mas na NFL, com caras mais técnicos e fortes a taxa de sucesso pode ser diferente.

Ele sempre está alerta para blitz e stunts. Além de identificar, ele sabe lidar bem. Nessa jogada acontece um TED Stunt, ele passa o defensor para o companheiro sem problemas e se mantem em posição de receber o looper sem perder base alguma e tudo isso com bastante tranquilidade.

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Pontos bons e ruins aqui. Começando pelo ruim, no começo do vídeo, olhe os pés do OL. Em certo momento eles estão bem juntos. Isso não é o ideal. O pé que fica atrás tem que fazer esse “drop ou passo” e o da frente desliza para trás. Isso faz com que você mantenha uma boa base. Com os pés juntos você poderia ficar vulnerável a movimentos de força.

Na parte boa é o seu drop e recuperação. Se moveu bem, o defensor usou um belo move para se livrar de um dos braços, mas ele vinha num trabalho tão sólido que conseguiu se manter engajado sem problemas.

Uma boa parte dos erros de Forsythe na proteção ao passe vem quando ele sai do seu “padrão”. Aqui ele usa um set de play action, onde o OL precisa ser mais agressivo. Vai para cima do DL com afobação e acaba “passando direto” (overun) e cedendo um dos únicos sacks dele no ano.

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Mobilidade

Algo que me empolgou é que ele também tem o que a gringa gosta de chamar de “nimble feet”. Digo também, porque nosso Duane Brown também se movimenta tão bem que por vezes nem parece tocar o chão.

Esse lance dele é absurdo demais. Você vê tudo aqui: técnica, timing e velocidade. Se ele se atrasa meio segundo a jogada morreria. Como ele acerta, abriu caminho para seu WR. Ele usou força para dar um pancake no DL e saiu em velocidade contra um DEFENSIVE BACK e o afastou.

Ele faz seu bloqueio aqui no double-team e muda rápido de direção para chegar ao segundo nível. Isso anima muito porque por vezes esse papel é o do Duane Brown.

Jogo Corrido

Ele tem bastante força, quando coloca as mãos no adversários as coisas complicam para o defensor. O grande problema é o pad-level. Você já ouviu a expressão, quanto maior o tamanho maior a queda não é?! É mais ou menos isso, jogadores mais altos tem centro de gravidade mais alto, então atacá-los em baixo podem fazê-los perder o equilíbrio. Dessa forma jogadores altos precisam compensar isso, seja com força nos membros inferiores ou com a técnica de se abaixarem mais.

É exatamente o que acontece aqui. Ele joga tão alto que facilita a vida do defensor de passar “por baixo” dele e avançar.

Sua fluidez atlética e velocidade lateral atendem bem a um esquema de bloqueio de corrida centrado em zona, onde ele pode sair no espaço. Com o novo coordenador ofensivo Shane Waldron/Andy Dickerson, seus pontos fortes devem ser melhor acentuados e ele terá tempo para se desenvolver como um bloqueador em jogadas orientadas para o gap sob a tutela do técnico de linha Mike Solari.

Shane Waldron é o novo Coordenador Ofensivo de Seattle!

Como a OL vai mudar com Andy Dickerson?

Inclusive um dos meus pontos de atenção é se Mike Solari poderá evoluir o prospecto. Apesar de ter feito um bom trabalho com veteranos como Germain Ifedi e Brandon Shell, que inegavelmente melhoraram no comando dele, Damien Lewis mostrou basicamente as mesmas qualidades e defeitos no dia 1 e no último dia da temporada. Temos uma baita oportunidade e não podemos jogar fora.

Playbook 10 – Tipos de corrida

O que ainda é preciso melhorar na linha ofensiva de Solari?

Resumo:

Nota da Escolha: 9.0;

Papel Provável em 2021: Backup;

Potencial para o Futuro: LT titular;

Veredito

Minha escolha preferida do Draft, e isso dá até medo que vá zicar. Seattle consegue quase no fim do round, um jogador que era visto entre 2-4, com um baita steal e ainda atacando uma necessidade fundamental. Como dissemos no começo, ano que vem não temos ninguém com contrato para a posição, além disso Brandon Shell não é conhecido por sua saúde e Duane Brown vai começar a temporada com 36 anos.

Eu acho que há uma possibilidade de se Stone pegar a vaga de Shell, não soltá-la mais. Porém, com Shell saudável, Carroll não vai tirar ele da função, porque não é do feitio do técnico fazer isso, mesmo com os jogadores “amados” pela torcida. De toda forma, se conseguir algum tempo de jogo, ganhar massa e aprender com Brown, já será sensacional para o próximo ano.

Texto com informações retiradas de:

https://www.si.com/nfl/seahawks/news/vetted-by-seahawks-legend-stone-forsythe-eager-to-learn-under-duane-browns-wing

Go Hawks!

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