Playbook 04 – Tre Flowers, o aluno aplicado das técnicas da secundária de Seattle

Façam o exercício e pesquisem o que é preciso para ser um bom DB. Depois de aprender tudo, saibam que para ser um DB de Seattle vai precisar de muito mais tempo e esforço. No decorrer de vários textos sempre falei que PC pode ter lá seus problemas com o ataque, mas na defesa e principalmente na secundária ele é um monstro. Porém isso tem um preço, os DBs são exigidos bastantes e para os novatos aí que a coisa fica complicada mesmo.

Playbook 01 – Papéis na formação de Punt

Playbook 02 – Técnicas de Cobertura de passe

Playbook 03 – Dissecando a Soft-Sky: a alternativa da cover 3[ihc-hide-content ihc_mb_type=”show” ihc_mb_who=”reg” ihc_mb_template=”3″ ]

 

Em toda classe tem aquele aluno CDF, e o da turma passada foi sem sombra de dúvidas Flowers. Ele chamou a atenção pelo seu tamanho de 6-3 e seus braços longos de 33 7/8 inches. No combine correu 4.4 mais do que os queridinhos Derwin James, Terrell Edmunds e Minkah Fitzpatrick. Isso foi o suficiente para PC gastar um quinta rodada e tê-lo como seu projeto do ano.

Em 15 jogos ele teve 6 passes defendidos, 67 tackles combinados, o terceiro do time. Além de ter forçado 3 fumbles e ainda recuperou 2 para fechar seus stats. Faltou apenas uma interceptação para coroar o ano. Apesar de estar tendo um começo de ano conturbado, esse texto serve para nos dar esperança (Torcedor Mode: ON).

Bom, vamos ver a seguir os principais requisitos para os defensive backs do tio Pete:


Um das qualidades mais importantes para um defensive back é ser paciente. Um jogador afobado está muito mais propenso a cometer erro e um tackle perdido ou uma cobertura agressiva demais pode deixar o caminho livre para o TD. Na jogada ele espera o momento certo e faz o tackle perfeito, inclusive forçando um fumble.


Outro aspecto importante é a agilidade e mudança de direção. Ele consegue manter durante muito tempo a postura square e isso faz com que ele consiga mudar de direção rapidamente, principalmente de forma lateral.

Treine para ser rápido, quando terminar de treinar, treine mais um pouco. Não se pode dar ao luxo de dar espaço ao WR. Além do atributo físico é preciso ter o mental, a compreensão do leverage. Ele usa o corpo para forçar o WR a vir por dentro onde ele teria a ajuda do safety no fundo do campo.

Dois primeiros mandamentos da defesa de Seattle:

1- Marcarás o recebedor adversário em press;

2- Não serás diva e não fugirás do jogo corrido, pelo contrário, derrubarás qualquer adversário que adentrar em vossa visão.

Na marcação pressão, o CB precisa fazer o “jam” que nada mais é que acertar o corpo do WR com as mãos, para atrasá-lo ou tirar da sua rota. Percebam no lance contra os Cowboys, que Flowers com o jam, não só tira ele da rota mas derruba o WR e ainda fica atento e faz um tackle que pode ser considerado salvador, uma vez que se Zeke passa por ali, seria beem difícil de pará-lo.

Para marcar em zona é necessário ter uma boa velocidade de reação e compreensão. Flowers percebe que o RB que vai para aquela área, o passe vai um pouco alto que dá a chance do CB fazer o tackle quase que imediato.

Flowers mais uma vez demonstra sua capacidades de inteligência de leverage, ele mantém o WR encaixotado usando a técnica de trail, com a ajuda de McDougald. Dessa forma, fecha totalmente a tentativa de passe para ele.

Jogada difícil, marcação individual e a rota executada cruza o campo inteiro. A paciência mais uma vez é fundamental porque qualquer deslize ele pode ser batido. Ele mantém a distância suficiente para não ser batido numa quebra de rota e para acompanhar o WR, só ficou faltando a interceptação.


Ele tem paciência, mantém uma boa posição mas na hora de fazer o tackle imediato ele faz de forma muito alta e vai por cima de Fitz.


O step-kick é uma técnica que não é para qualquer um, exige muita paciência e concentração. A técnica se refere aos cornerbacks que estão pressionando na linha de scrimmage. Concentra-se em proteger o passe profundo e também as jogadas curtas. Forçar os ataques a apostarem em médio alcance. Se eles completarem essas bolas, os jogadores se concentram em atacar, limitando jardas depois da recepção e avançando para a próxima jogada.

O passo (step) sempre vem com o pé externo quando o snap acontece. A paciência é necessária ao permitir que o recebedor faça o primeiro movimento. Os CBs são ensinados a esperar até que o WR entre em sua esfera (comprimento do braço) antes de fazer o contato. Os olhos ficam nos números do recebedor e o corpo tem que ficar em pé. “Abrir o portão” ou virar os quadris cedo demais é péssimo. Quando eles batem com as mãos, dentro da janela de 5 jardas, eles atacam os músculos peitorais do recebedor. E isso acontece simultaneamente com o chute (kick), quando a “dança” do recebedor acaba ele faz o chute com o pé de trás para correr com o recebedor a rota real dele. Como DBs dos Seahawks colocam, passo para paciência, chute para posição.

Essa é a mais difícil das técnicas, DBs experientes sofrem para aprender. Flowers falou em uma entrevista que aprendeu treinando no espelho. Ele ainda não está na sua perfeição, mas o que ele evoluiu é de se admirar.

Seattle esse ano jogou mais em cover-2 do que o habitual para suprir a ausência de Thomas. Nessa jogada eles jogaram em uma cover 6, formação em que a defesa marca de um lado em cover 2 e do outro em cover 4. Flowers está do lado da cover 4. Ele usa a técnica dos 3 passos + bail para ir para sua zona dando a ele uma visão do recebedor e de Rosen, ele vê quando a bola é lançada e vai ao ataque dela (velocidade de reação de novo!). Ele basicamente não consegue a interceptação porque Dupree o segura. Deveria ter sido uma interferência ofensiva nesse lance.

Em mais uma jogada de cover 2, ele marca Fitzgerald forçando ele a não ir para o meio do campo, protegendo assim a maior vulnerabilidade da C2, com boa noção de jogo. E depois vai para o embate físico contra Fitzgerald, é perceptível que Rosen evita o passe na primeira leitura. Nesse lance aqui poderia ter sido marcado uma falta para juízes que admitem menos contato.

No resumão temos:

  • Jogar em press e ser físico;
  • Entender de leverage;
  • Ajudar no jogo corrido;
  • Step-kick;
  • Velocidade de jogo (diferente de velocidade física);
  • Paciência (pequeno gafanhoto);
  • Compreensão dos conceitos defensivos;

As jogadas acima, mostram que Flowers realiza uma infinidade de técnicas defensivas de Carroll. Em bump-and-run, off-man ou offzone, o CB está usando várias técnicas para vencer suas disputas individuais. Sua velocidade, tamanho e envergadura lhe dão uma boa capacidade de recuperação. Além disso, ele está demonstrando uma compreensão clara dos conceitos de coberturas e do papel que lhe é designado na defesa.

O desenvolvimento não é algo linear. Flowers pode ter uma “queda do segundo ano”. No entanto, agora, ele parece estar demonstrando potencial “melhor CB na história da franquia”. Ele tem o melhor treinador possível para realizar essa promessa. Nada mal para um cara que nunca jogou na CB na faculdade. O foco da offseason será adicionar interceptações ao seu jogo; tem havido vários erros e Flowers joga com um rastreio de bola consistente. Então ele vai ser um mestre completo na arte de jogar como cornerback para o Seattle Seahawks

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Go Hawks!

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