New England Patriots! Só de ouvir esse nome já chega a dar um frio na espinha. Impossível não lembrar daquele 1 de fevereiro de 2015 em Arizona quando por uma jardas não tivemos nosso segundo Super Bowl… Talvez o momento mais triste na nossa história. Porém nem tudo é tristeza quando se fala de Seahawks e Patriots. Em 2012, por exemplo, um calouro chamado Russell Wilson acabou com a lenda que um tal de Bill Belichick não perde para quarterbacks calouros. Naquele ano Russell Wilson liderou o time a uma vitória por 24 – 23 na semana 6, com direito a uma virada magnifica no último quarto quando perdia por 23-10.
Análise Seattle Seahawks 38 x 25 Atlanta Falcons
Esse jogo também ficou protagonizado um dos momentos mais icônicos da história da Legion of Boom. Tom Brady foi interceptado 2 vezes por Earl Thomas e Richard Sherman. Ao final do jogo enquanto Brady saia desolado de campo, Sherman chegou perguntou gentilmente a Brady: “Are you Mad Bro?” , que em bom português seria: “Tá titi, fica titi não!!”. Em 2016, no primeiro confronto depois do terrivel Super Bowl XLIX, Russell Wilson levou o time a mais uma virada no último quarto, para vencer o jogo por 31 – 24, quebrando mais uma lenda de que os Patriots não pediam 2 jogos seguidos no Gillete Stadium.
Rasocast #31 – Semana 1 – Falcão Negro em Perigo
Domingo a noite será o 19º jogo da história entre esses dois times e o primeiro desde 1993. Nos outros 18 jogos são 9 vitórias para cada lado. Dessa vez, no entanto tem algo muito diferente em relação as últimas vezes que enfrentamos os Patriots. Tom Brady não está mais vestindo a camisa 12 daquele time. A função de signal caller dos Patriots agora está na mão (e nas pernas) de Cam Newton. O MVP de 2015 agora é responsável por carregar esse ataque dos Patriots. Então vamos analisar os matchups e entender quais oportunidades podem ser exploradas sobre esse time.
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Cam Newton
Como falado, Cam Newton é o nome escolhido por Bill Belichick para carregar esse ataque. Depois de duas temporadas sofrendo com lesões, Newton foi liberado dos Panthers. Com toda a situação da pandemia, sem os times poderem realizar testes físicos com os jogadores, nenhum time resolveu assinar com ele. Eis que nos momentos finais, Bill Belichick assina com Newton com um contrato de apenas 1,75 Milhões por um ano de contrato.
Na semana 1, Cam já mostrou para que veio. Liderou o time em jardas corridas, conseguindo 2 TDs na vitória contra os Dolphins. Em um festival de jogadas de read option, os Patriots avançaram em campo e venceram com facilidade o time de Miami.
O histórico dos Seahawks contra Cam Newton é repleto de jogos emocionantes. E aliás, foram muitos jogos Newton x Wilson com os Seahawks liderando o confronto com 6 vitórias e apenas 2 derrotas. Pete Carroll tem sido umas das grandes mentes capazes de defender bem a read option, desde a época em que enfrentávamos Colin Kaepernick duas vezes por ano, Carroll se destacou por isso. Grande parte por ter Bobby Wagner capaz de fazer ser um QB spy e diagnosticar bem esse tipo de jogada. Outra arma importante para esse jogo pode ser Jordyn Brooks, nossa escolha de primeira rodada esse ano, que em Texas Tech fazia também muito bem essa função.
Por que Seattle escolheu o Jordyn Brooks?
Contra o jogo corrido
Apesar de nossa primeira semana ter sido muito boa, há sempre alguns pontos que ainda podem melhorar, um deles é parando o jogo corrido. No jogo tivemos problemas em parar algumas corridas, em especial no início da partida. Para esse jogo será essencial que a defesa fique mais ligada nesses pontos, pois o ataque dos Patriots tende a ser todo baseado em corridas com Cam Newton, James White e Sony Michel.
Pass Rush: é preciso incomodar sem mandar blitz
Todo mundo já ouviu a frase que a blitz é como um cobertor curto, você ganha na pressão ao quarterback, mas perde na proteção ao passe. Ken Norton Jr na semana passada foi muito inteligente mandando blitz, mas o time foi ineficiente ao pressionar somente com 4 jogadores, isso contra a linha ofensiva dos Falcons que tem muitos problemas. Para essa semana vamos enfrentar a linha ofensiva dos Patriots, que sem nenhuma dúvida é uma das melhores OLs de toda a NFL. Apesar de Benson Mayowa ter ido muito bem na semana 1, somente ele pressionando não será o suficiente para incomodar Cam Newton, é preciso que tenha outros nomes também incomodando.
Sonhamos com Griffen, acordamos com Mayowa!
A grande perda para essa semana pode ser Rasheen Green, que até quinta feira não tinha treinado e é duvida para o jogo de domingo. A chance fica para Bruce Irvin aparecer mais vezes como EDGE e ajudar nessa pressão e também é chance do nosso calouro Alton Robinson entrar. Na semana 1 ele ficou inativo e pode ser que pinte no elenco. Outro que vai aparecer bem mais é Collier, que já fez um jogo bem melhor contra Atlanta.
Adams deu um show na semana 1 mas é preciso mais do restante da secundária
Jamal Adams foi um monstro na semana 1 como já era de se esperar, porém é preciso mais da secundária para esse segundo jogo, em especial os cornerbacks.
Todos nós estávamos bastante empolgados com a evolução da secundária do time. A chegada de Quinton Dunbar e Jamal Adams se unindo a Quandre Diggs e Shaquill Griffin (que fizeram uma excelente temporada de 2019) fez com que essa secundária, ao menos no papel, entrasse para o hall das grandes unidades da NFL.
Apesar de toda essa expectativa, a semana 1 não foi um grande jogo para os nossos cornerbacks. Está certo que marcar Julio Jones e Calvin Ridley e ainda ter Matt Ryan lançando para esses jogadores não é nada fácil. Entretanto em alguns momentos esses jogadores poderiam ter ganhado alguns matchups.
Para a semana 2, não teremos uma batalha tão difícil contra os recebedores de New England. N’Keal Harry, escolha de primeira rodada do draft do ano passado ainda não conseguiu se provar e a responsabilidade do jogo aéreo ainda está nas mão do experiente Julian Edelman, que com seus 34 anos ainda é a principal arma do jogo aéreo dos Patriots. Um embate interessante para esse jogo será ver como que Marquise Blair, nosso novo nickelcorner, ira se portar tendo que marcar um dos melhores slot receiver da liga. No mais, o grupo de recebedores é limitado e é a chance de realmente mostrar que a secundária de Seattle é realmente boa não só no papel, mas também em campo.
Let Russ Cook (mas dessa vez um pouquinho menos)
A grande tônica desse ataque na primeira semana foi Brian Schottenheimer “deixando Wilson cozinhar”. Foi só dar a bola na mão de Russell Wilson e deixá-lo passar que vimos o quando ele é incrível e é capaz de fazer estragos monumentais. Para esse jogo contra os Patriots no entanto é preciso usar um pouco mais o jogo terrestre. Claro que não podemos voltar ao antigo “run, run, pass punt” que vimos em outras temporadas, mas correr contra os Patriots é uma boa forma de produzir contra a poderosa defesa. Ano passado por exemplo, os Browns tiveram um excelente jogo contra os Patriots correndo com Nick Chubb, nos playoffs contra os Titans o time passou o caminhão Derrick Henry por cima do sonho de mais um Super Bowl dos Patriots.
O motivo para correr contra essa defesa é fundamental principalmente pela força que é essa secundária. Stephon Gilmore ano passado foi o Defensive Player of the Year com méritos, Devin McCourty é um excelente safety e é claro, tudo isso sob as mãos do gênio Bill Belichick. Com um jogo corrido incomodando, abre espaço para o play action e nisso Wilson é um dos mais eficientes quarterbacks da liga.
A vingança é um prato que se come frio…
Já dizia um grande narrador de futebol: “Ganhar é bom, mas ganhar da Argentina é mais gostoso”. Convertendo essa frase para a NFL seria: “Ganhar é bom, mas ganhar dos Patriots é mais gostoso”. Ainda mais quando se perde um Super Bowl na linha de uma jarda. Todos nós sofremos aquele dia e a vontade de nos vingar é gigante. Claro que esse jogo não tem nem de longe o peso do Super Bowl, mas pode ser uma vitória importante para dar forças e continuar a todo vapor na nossa caminhada rumo ao Super Bowl.
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