Playbook 39: A famosa Palms Coverage

Nesse post iremos falar sobre a cobertura Palms, também conhecida como 2-Read coverage, Cloud. Na realidade, ela é basicamente uma cover 2, mas com um pattern-match, tornando a defesa reativa aos movimentos dos wide receivers adversários.

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Playbook 02 – Técnicas de Cobertura de passe

Playbook 13 – Cover 2, um conceito que vem sendo usado cada vez mais em Seattle, na era pós LOB

Tipos de cobertura

O defensor pode estar basicamente em dois tipos de marcação: homem a homem ou em zona.

Cobertura Homem a homem

Marcação man-to-man é exatamente o que parece, cada defensor é designado para marcar um jogador específico, focando normalmente no quadril do recebedor. A coisa mais importante é nunca permitir que o recebedor tome a sua frente, se ele tomar, você será queimado. É preciso reconhecer padrões, usar bem o leverage e focar somente no seu marcador e “esquecer” de olhar para o QB.

Outro ponto chave é sempre manter seus pés em movimento, nunca devem estar os dos pés plantados no chão ao mesmo tempo. Isso para que o DB consiga reagir rapidamente quando o WR declarar seu release . Deve manter o ritmo para saber a hora de fazer o backpedal e abrir os quadris e seguir o recebedor.

Cobertura em Zona

Na marcação em zona, o campo é repartido em áreas e cada defensor é responsável por cobrir uma área específica. Esse tipo de marcação é bem menos estressante do que a man-to-man., uma vez que os DBs não precisam ser tão físicos. Normalmente o defensor toma certa distância do WR e vai para sua zona olhando para o QB, reagindo ao que ele faz e vigiando o recebedor com sua visão periférica.

A regra geral nesse tipo de cobertura é estar mais próximo da sua endzone do que o recebedor, além disso é fundamental a habilidade do DB de conseguir fazer interceptações ou desvio de passes.

Ainda existem dois tipos de variações das coberturas individuais e em zona, conhecidas como pattern match (numa tradução BEM grosseira, “correspondência aos padrões”):

Man Match

O defensor vai marcar alguém individualmente até que o jogador “faça algo” que faça com que o defensor tenha que marcar individualmente outro jogador.

Exemplo: O CB marcar o WR verticalmente, se o WR parar de ir verticalmente o CB vai marcar individualmente outro jogador.

Zone Match

O defensor vai dropar para sua zona de marcação, e uma vez que algum jogador entre na sua zona, ele passará a marcar individualmente esse jogador.

Exemplo: o SS vai marcar sua zona hook, o recebedor 1 passa por essa zona, então a partir daí o SS estará em marcação individual no recebedor 1.

Palms Coverage

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Strong Corner – Vai jogar em soft (off) no alinhamento. Vai jogar man-to-man no recebedor #1, a não ser que:

  • #2 corra uma rota out antes da linha de posicionamento dos LBs, então marque o #2;
  • #1 quebre uma rota antes da linha dos LBs (shallow, 5 jardas hitch), então desce para o deep quarter.

Apex – Marcação individual no #2, a não ser que:

  • #2 corra uma rota out antes da linha de posicionamento dos LBs, . Então marque o #3. Se não houver #3, dobre no #1. Não há necessidade marcar o #2 verticalmente;

Safety – Pegue o #1 verticalmente se o #2 correr uma rota out antes da linha de posicionamento dos LBs. Do contrário pegue todas as rotas #2 verticais. Se o #2 não vier de forma vertical, então dobre no #1;

Hook – Marque individualmente o # 3, exceto quando o # 3 estiver under. Se o #3 estiver under caia para marcar a zona Hook. Se o #3 fizer uma rota cross profunda, siga-o, pois você terá a ajuda do weak safety;

Weak Apex – Marque individual o #2  do lado fraco ou o #4 do lado forte(RB). Do contrário, pegue o primeiro que lhe cruzar a frente;

Weak Safety – Cace o #3 vertical. Se não houver, procure o #1 do lado contrário;

Weak Corner – Marque individualmente o #1;

Termos de Nick Saban

Clamp

Clamp é o termo de Nick Saban para o que a maioria dos treinadores chamam de cobertura Palms ou Cloud. Essencialmente, ele funciona exatamente como Box, exceto que o CB leva todos os # 2 nas primeiras cinco jardas. Esta é uma cobertura útil a ser executada quando o ataque está chamando muitas rotas flats do #2. Palms é apenas Clamp nos recebedores # 1 e # 2 em um set 3 × 1. Nada muda para o CB forte, Strong Apex ou Strong Safety. O jogador de Hook, no entanto, tem o # 3 homem-a-homem, exceto quando o # 3 é estiver under. Além disso, ao atribuir ao MEG (Man Everywhere he Goes) no CB fraco uma atribuição de MEG no 1, a WS é liberado para ajudar em qualquer rota vertical pelo #3. Se o #3 não for vertical, no entanto, o safety vai ajudar no que vier do #1 do lado contrário.

Coaching Point – Você deseja garantir que o CB e o Safety – em vez do Apex e da Safety – estejam na mesma leitura. Da mesma forma, o CB e o S devem seguir a mesma regra: espelhe o # 2 nas cinco primeiras jardas. Só então faça uma pausa com base na sua atribuição de cobertura.

Cut

Cut é o que a maioria dos treinadores descreveria como um pattern matching de cover 2. Na minha opinião, penso nisso simplesmente como Box, com os papéis de cornerback e Apex invertidos. Em vez do Apex, será o CB que terá a responsabilidade do flat. Por sua vez, o Apex levará todo o #2 na vertical. Saban usa principalmente Cut no lado do TE e do flanker, onde a maioria dos conceitos de passe envolve a criação de uma tensão horizontal na defesa. Ao colocar o cornerback na área do flat, Cut faz um bom trabalho ao combater essa linha de ataque.

Corner – Off (soft) alinhamento. Pega o primeiro jogador do flat;

Apex – Se o #3 vier para o seu lado, jogue individualmente no #2. Se #3 não vier para o seu lado, então marque homem a homem no #2 exceto quando o #2 correr uma out/flat, então dobre no #1.

Safety – Pegue o #1 vertical. Se não vier, dobre no #2.

Hook – Marque todo #3 que não estiver marcado, se não houver, caia para a zona hook.

Alertas

Comunicações são fundamentais principalmente na defesa. Há alertas mais simples, como Banjo ou Switch.

Cobertura Banjo

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Essa cobertura é uma forma para defender o conceito rub. Segue o seguinte conceito: o DB do lado de fora marca o recebedor do lado de fora, a não ser que o recebedor interno faça uma rota externa. De mesma forma funciona para o DB interno, ele marca o recebedor interno, a não ser que o externo faça o corte para dentro do campo.

Playbook 08 – A árvore de rotas dos recebedores

Cut vem com três ajustes especiais, no entanto, que podem ser feitos pelos corners.

O primeiro é o Alert Smash. Se o CB pegar uma rota hitch do #1, enquanto o #2 continua na vertical, o CB alertará o jogador do Apex sobre o Smash. Quando o CB faz isso, o CB vai ficar abaixo do #2 e o Apex vai pegar a hitch do #1.

Se o #1 tiver pouco espaço, o CB fará uma chamada de Push Alert. No Push Alert, o Apex terá todo o #1 por baixo.

Se o #1 tiver mais espaço, o CB fará uma chamada de Tokyo Alert. Nessa chamada, o CB ficará com todo o #1 por baixo.

Muitas equipes na NFL usam parte desses conceitos para adaptar a suas defesas.

Texto adaptado de:

Go Hawks!

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