No começo da temporada passada, o time demitiu Kris Richard e colocou Ken Norton Jr como coordenador defensivo. Assim como a contratação de Solari a de Norton também foi bastante criticada. E também como Solari, ele calou a boca dos críticos. Não, a defesa de Seattle não foi a melhor defesa da liga. Mas o time viu a Legion of Boom ser desfeita e manteve um desempenho mais satisfatório que o contrário. Principalmente por fazer ajustes.
Playbook 01 – Papéis na formação de Punt
Playbook 02 – Técnicas de Cobertura de passe
Playbook 03 – Dissecando a Soft-Sky: a alternativa da cover 3
Playbook 04 – Tre Flowers, o aluno aplicado das técnicas da secundária de Seattle
Playbook 05 – Quais tipos de nickel existem?
Uma coisa que me irrita bastante são técnicos/coordenadores que observam os erros do time durante o jogo e não fazem nada. O papel dele é esse, fazer ajustes, são pagos para isso. Diferentemente do ataque, foi possível observar vários ajustes da defesa contra adversários.[ihc-hide-content ihc_mb_type=”show” ihc_mb_who=”reg” ihc_mb_template=”3″ ]
Contra Panthers, Vikings, Chiefs e Lions foi onde foi mais possível ver a diferença. Contra os Vikings veremos uma boa descrição aqui. Contra o Chiefs, teremos um post mais a frente abordando e contra os Lions foi um que deu partida para as amostras que Seattle poderia mudar e adaptar sua defesa, para o material humano que tinha. Contra os Panthers o time conseguiu se acostumar e se adaptar dentro da própria partida.
Claro que nem tudo são flores. O time não conseguiu se ajustar no segundo jogo contra os 49ers, Chargers e um apagão no jogo do Wild Card.
O pacote bandit, muito utilizado por Ken Norton, para suprir os problemas de pass rusher dos Seahawks. São 3 DLs (em preto, 2DEs e 1DT), 1 LB (em verde) e7 DBs (em azul). O objetivo é confundir a linha ofensiva, que fica sem saber o que cobrir e deixar espaço para blitz pic.twitter.com/hEfaetjHv7
— Alexandre Castro (@alexcastrofilho) July 10, 2019
Aí está a figura do pacote defensivo conhecido como bandit. Um 3-1-7. Isso mesmo, você não leu errado, são SETE DBs, em azul na foto, só um LB (BW54) de verde e a linha defensiva de preto. Ele parte de um princípio parecido com um double-A-gap (explicaremos mais em outro post). Isso consiste em deixar a linha ofensiva confusa, sem saber se os jogadores vão rushar ou vão marcar as zonas . Uma ótima saída para um pass rush inefetivo, como foi o contra os Saints. Somado a isso, ele usou isso para marcar o tipo de cobertura e anular os pontos fortes do adversário.
Análise New Orleans Saints 33 x 27 Seattle Seahawks
Ao enfrentar os Vikings era necessário uma atenção mais que especial em Thielen e Diggs. No primeiro quarto do jogo, Seattle não permitiu a eles nenhuma recepção. Eles só conseguiram pouco mais de 70 jardas no jogo e isso contando o garbage time (momento em que o jogo já está ganho e a defesa não joga com aquele afinco)
bandit package, triplicando a marcação em Diggs e dobrando a marcação em Thielen, deixando Cousins sem outra opção a não ser passar para o checkdown. pic.twitter.com/3mq3XT8eZc
— Alexandre Castro (@alexcastrofilho) July 11, 2019
Os Vikings saíram com pacote 11 personnel (1 running back, 1 tight end e 3 wide receivers), um shotgun com dois wingbacks. Eles foram enganados antes do snap pela defesa do Seahawks por 3-1-7 (bandit personnel) nesta 3ª para 12.
Parecia uma cover-2 com marcação individual em press. Em vez disso, Seattle mandou atrás de Cousins apenas dois jogadores: Jacob Martin, alinhado na extremidade esquerda, estava executando o papel de green dog, ou seja, se o jogador a sua frente sair para executar uma rota ele para de ir atrás do QB e segue a rota dele, fazendo marcação individual.
Enquanto isso, no lustre do castelo…ops na secundária, Delano Hill cercou Thielen por cima formando com Griffin uma marcação dupla em Thielen. Tedric Thompson, ficou com a incumbência de marcar Diggs. Diggs teve que lidar com a cobertura individual de Justin Coleman, Akeem King e Thompson: cobertura tripla.
Agora, voltemos para Cousins. O QB primeiro olhou para Diggs, esperando que o meio do campo estivesse aberto. Ele fez a progressão rapidamente, dado o movimento do safety. Sua segunda leitura foi a rota profunda de Thielen. As zonas de underneath (meio do campo entre a linha defensiva e as zonas profundas) e o fundo do campo sufocavam Thielen, tornando ainda menos indicado o passe.
Percebendo que Martin tinha ido marcar o checkdown no flat, Cousins se dirigiu para o outro lado do campo e fez o passe para o outro checkdown, Dalvin Cook, também no flat. Bobby Wagner, na cobertura individual sobre o running back, fez o tackle para perda de jardas. Execução Perfeita!
Mais uma vez o bandit package atrapalhando a vida de Cousins pic.twitter.com/i361gWe91g
— Alexandre Castro (@alexcastrofilho) July 11, 2019
Os papéis da defesa nesse lance foram muito parecidos com o da jogada interior, assim como o resultado. King marcou a rota post de Diggs, junto com a cobertura homem-a-homem de Griffin e o suporte de Hill, marcação tripla. No lado oposto do campo, Thielen estava sendo coberto por Flowers e a cobertura por cima de Thompson, marcação dupla.
Foi o movimento de safety que Cousins observou primeiro. Corretamente optando por passar para a próxima progressão, Cousins novamente viu um Diggs numa marcação tripla. Ele foi para o passe no mano-mano de Coleman na rota vertical de Aldrick Robinson. O nickel marcou muito bem o recebedor dos Vikings, complicando a vida do ataque dos Vikings.
Problemas no pass rush? Qual pílula você escolhe?
Nas trincheiras, Jarran Reed recebeu um bloqueio duplo, que fez com que Martin enfrentasse o bloqueio individual de Brian O’Neill. Martin passou por ele, fazendo o arco (bend) com extrema velocidade e conseguiu um hit em Cousins. Apressado, o passe de Cousins não chegou nem perto do WR.
“Isso cria problemas para o ataque. Fomos capazes de colocar alguns caras em seus melhores recebedores. Isso cria confusão lá. O QB não sabe quem está marcando quem, quem está fazendo o quê. E enquanto estamos confundindo-o, a linha defensiva tem tempo para ir atrás dele ”, disse Bobby Wagner.
Por várias vezes a defesa dos Seahawks fez o quarterback de $84 milhões garantidos, parecendo um novato hesitante backup de $840.000. Em três terceiras descidas diferentes, o CB Akeem King foi o sétimo DB de Seattle. Foi quando teve sete DBs contra quatro WRs dos Vikings, com Wagner cobrindo qualquer rota flat do RB que Seattle venceu esses duelos.
Em um determinado momento, Cousins não sabia se Seattle teria cinco, seis ou sete DBs cobrindo quatro ou cinco recebedores. Os Seahawks muitas vezes enfrentaram Adam Thielen que tinha 98 recepções antes do jogo e o tirou da partida. Ele teve zero alvos no primeiro tempo inteiro.
A confusão criada por Norton fez com que Cousins mantivesse a bola por mais tempo do que em toda a temporada, enquanto completava 71,5% de seus passes, o segundo na NFL, atrás apenas de Drew Brees. A confusão permitiu que Frank Clark fizesse seu 11º sack da temporada. Permitiu que o novato Jacob Martin atropelasse Cousins por trás, forçando um fumble que Coleman recuperou e retornou para TD.
Bandit-package mais uma vez. Dessa vez utilizado como blitz pic.twitter.com/WgTzehE5g6
— Alexandre Castro (@alexcastrofilho) July 11, 2019
bandit package blitz pic.twitter.com/M5eockbxym
— Alexandre Castro (@alexcastrofilho) July 11, 2019
bandit package blitz pic.twitter.com/dtqvrQg8Jm
— Alexandre Castro (@alexcastrofilho) July 11, 2019
Como dito logo do começo da explicação, esse tipo de pacote também funciona para confundir a OL e conseguir pressionar o QB. Como funciona isso? Explico. Lembra os posts de gaps? Caso não, deixo o link aqui. A linha ofensiva quando vê tantos jogadores na sua frente foca no lema principal de não ser batido por dentro. Daí, das duas uma: ou o time inteiro realmente vai atrás do QB e aí é um Deus nos acuda para bloquear aquela multidão de gente, ou, ao invés de ir na blitz os jogadores vão para marcação (zona ou individual) deixando o OL na frente dele sem função por alguns instantes. Ele protege o gap interno, mas não há ninguém atacando lá e então ele precisa defender o externo. Nessa hora de transição de interno-externo é o momento que os jogadores tem para invadir os gaps.
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Go Hawks!
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